INFORMAÇÃO É PODER

DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



domingo, 29 de janeiro de 2012

Tabela de farinhas sem glúten

Encontrei um artigo muito interessante sobre as várias farinhas sem glúten existentes no mercado, e que pode ser muito útil quando se está a tentar evoluir das misturas comerciais para uma mistura caseira. Adaptei, então, o artigo para o formato tabela, de mais fácil consulta, em que figuram as farinhas sem glúten mais comuns (a maioria encontra-se à venda em Portugal). Para  visualizar melhor, é favor clicar com o rato em cima da imagem.


sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Bolo de caneca sem glúten

Uma receita que fica sempre bem, considerando o pouco empenho que exige. Uma maneira de ter um bolinho na hora, quando se tem pouco tempo ou pouca vontade de cozinhar. Encontrei-a há alguns anos num site brasileiro do qual não guardei o nome. Já experimentei várias versões e esta receita é a única que resulta num bolo aceitável.

Ingredientes:
1 ovo pequeno
4 colheres de sopa de leite
3 colheres de sopa de óleo
2 colheres de sopa rasas de chocolate em pó
4 colheres de sopa rasas de açúcar
4 colheres de sopa rasas de farinha de arroz
1 colher de café de fermento em pó

Coloque o ovo na caneca* e bata bem com o garfo. Acrescente o óleo, o açúcar, o leite, o chocolate e bata mais um pouco.

Acrescente a farinha de arroz e o fermento e mexa delicadamente até incorporar. Leve ao microondas por 3 minutos na potência máxima.

Desenforme e deixe arrefecer.

* Dimensões da caneca: 9,5 centímetros de altura, com 8,5 centímetros de diâmetro (capacidade de 300ml)


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Os rins e o glúten

Imagem retirada da Net
Da mesma maneira que orgãos como o fígado ou a pele podem ser afectados pela ingestão de glúten, também os rins o podem ser. Encontrei um testemunho de uma americana que sofria de uma doença renal que entrou em remissão, quando esta iniciou uma dieta sem glúten. Deixo-o, então, aqui traduzido. Para quem quiser obter mais informação, pode consultar estes dois estudos suecos, aqui e aqui ou um estudo italiano que estabelece principalmente uma relação  entre o pão e massas e o cancro renal.

“No Verão de 2008, quando o termo "glúten" entrou pela primeira vez na minha consciência, eu desfrutava de uma vida de excelente saúde, excepto o resfriado ocasional ou gripe. No Verão de 2009 ficava arrasada ao ser diagnosticada com uma doença renal crónica e progressiva chamada Glomeruloesclerose Segmentar Focal (ou simplesmente, GSF) com síndrome nefrótica. Como a doença celíaca, a GSF é uma doença inflamatória, que inflama e causa cicatrizes nos glomérulos, ou sistema de filtragem dos rins. Foi também naquele Verão que descobri que eliminar o glúten da minha dieta colocava a minha doença em remissão total espontânea, uma ocorrência extremamente rara. Eu não tomo nenhuma medicação e tenho uma saúde como nunca tive. Por causa da sorte que foi ter a minha vida de volta em pouco tempo, quero compartilhar a minha experiência com os outros para que estes possam estar cientes de que a exclusão do glúten não beneficia só as pessoas com doença celíaca.
Como é que tive a sorte de ir de saudável para gravemente doente e voltei a ter saúde em tão curto espaço de tempo?
No Verão de 2008, como é cada agora vez mais comum, fui encontrada no Facebook pela minha companheira de dormitório da faculdade entre 1981-82 e 1983-84 e companheira de quarto na Universidade de Indiana, e começámos a conversar. Enquanto nos encontramos no coração dos EUA há quase 30 anos, estávamos agora a viver em costas opostas, 24 anos depois. Enquanto eu gozava de uma excelente saúde, a minha amiga revelou que, depois de uma vida de sofrimento, ela havia sido diagnosticada com a doença celíaca há dois anos antes, e estava a fazer uma dieta sem glúten. Ao lembrar as nossas pizzas e cervejas no tempo da faculdade e as suas dores de barriga subsequentes, tudo fez sentido. Eu nunca tinha ouvido falar de "glúten" ou "doença celíaca", mas informei-me depois de saber do seu diagnóstico. Aproximámo-nos, e fizemos várias férias juntas desde então. Nesses períodos, por apoio, eu fazia a dieta com ela. Também desisti da cerveja durante o Verão, porque era uma coisa da qual ela sentia muita falta. Mal sabia eu que a exclusão de glúten que fazia com ela era apenas um ensaio geral para o que viria a ser o meu estilo de vida, menos de um ano depois, por necessidade, para salvar minha própria vida.
A minha saúde caiu a pique e desapareceu no Verão de 2009. Eu nem me apercebi. Tinha ganho peso de forma repentina e inexplicável, aparentemente causada por edema, hipertensão e colesterol alto. Todos os sinais apontavam para um problema renal, logo iniciei uma dieta para os rins que passou a ser quase sem glúten, de imediato. A biópsia renal confirmou o diagnóstico de GSF com síndrome nefrótica. Enquanto o meu nefrologista me dizia: "não há causa e, portanto, é idiopática", respondi, "Há uma causa, o doutor simplesmente não sabe qual." Ele admitiu que eu tinha razão.
Atirei-me à Internet, pesquisando todas as coisas possíveis que poderia encontrar sobre a doença e as suas causas prováveis. A minha irmã mais velha e a minha amiga fizeram o mesmo. Fui a consultas subsequentes com o meu nefrologista, com 30 a 45 minutos de perguntas e teorias para discutir com ele. Um nefrologista de mente aberta e paciente, ele respondeu a todas as minhas perguntas. Foi capaz de descartar várias teorias e, eventualmente, disse que "a causa da doença não importa, porque o tratamento é o mesmo." Prednisona. Eu disse-lhe que a causa da doença importava para mim porque, se eu pudesse descobrir isso, poderia tratar a causa e não precisaria de tomar prednisona. A prednisona, como ele disse, não é uma droga benigna e só é eficaz numa minoria de pessoas com GSF. A minha pesquisa mostrou-me essas mesmas estatísticas desanimadoras. A maioria das pessoas com a doença progredia eventualmente para doença renal terminal, requerendo diálise e transplante. Com teimosia, recusei aceitar que esse era o meu futuro e recusava-me a aceitar que não conseguia descobrir a causa e a solução.
Foi durante essa época do diagnóstico, fazendo pesquisas, verificando teorias, fazendo exames de seguimento, que a minha amiga encontrou histórias de outras pessoas com doença renal, que tinham entrado, e permanecido, em remissão com uma simples dieta sem glúten. Ela enviou-me um link para essas histórias, e decidi, instantaneamente, fazer uma dieta sem glúten. Porque ela já me tinha clarificado sobre o que isso significava, e por causa do meu tempo gasto a praticar a dieta com ela, foi uma decisão fácil e uma transição fácil.
Em cinco semanas, os meus testes mostraram que estava em remissão total e espontânea. É importante notar que eu já comia maioritariamente sem glúten nos três meses anteriores a este compromisso total, e já mostrava uma grande melhoria. É importante ter uma visão de longo prazo ao experimentar esta dieta. O meu nefrologista chamou a minha recuperação de "notável" e "fabulosa". Confirmámos novamente um mês depois, pelo que estava ainda mais perto da saúde total. Seis meses mais tarde, numa consulta de acompanhamento, os meus números mostraram-me mais saudável ​​do que muitas pessoas saudáveis sem doença renal. O meu nefrologista inveja a minha pressão arterial e colesterol. Hoje, eu ainda estou em remissão completa, sem nenhuma medicação, e ainda sem glúten.
Enquanto uma dieta sem glúten pode ajudar praticamente todos os portadores da doença celíaca, pode ajudar apenas algumas pessoas com doença renal crónica e outras condições médicas. Não é amplamente conhecida, mesmo por nefrologistas, e não é amplamente estudada. Através do passa-palavra, fui incentivando outras pessoas com doença renal a tentar esta dieta muito segura, e conheço duas crianças e dois adultos com doença renal que, em resultado, entraram em remissão. Outros não viram qualquer melhoria ou viram melhorias inesperadas, tais como perda de peso, dor artrítica que desapareceu, e insónias curadas.
Eu envio as suas actualizações ao meu nefrologista, e ele disse que está a sugerir aos outros para tentarem uma dieta sem glúten.
Encorajo as pessoas com doença renal para tentarem uma dieta 100% livre de glúten durante alguns meses, ou mesmo um par de anos, caso faça recuperar a saúde para níveis normais. Depois de desenvolver novos hábitos e descobrir onde comprar os alimentos que mais gosta, é fácil de fazer. A dieta é muito saudável, pois não precisamos de glúten para viver. A dieta não vai doer, e pode ajudar a salvar vidas. Salvou a minha.
Denise Stevens”


Outros artigos:

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Fidalguinhos de Braga

Existe em Braga uma pastelaria que é exímia na fabricação de "Fidalguinhos", um biscoito fino, típico da doçaria local. Pode-se comprá-los em muitos locais na cidade, mas é a Pastelaria São Vicente, centenária, que tem a fama e o proveito de fazer os melhores fidalgos. Como não quis que os meus filhos desconhecessem essas finas delícias, adaptei a receita para a sua dieta, com algum sucesso, modéstia à parte. A nível de sabor são iguais aos tradicionais, mas não os consegui fazer tão finos como na dita pastelaria, em parte, talvez, pela ausência de glúten que impede que a massa estique para além de um ponto, sem partir, em parte, talvez, pela minha falta de prática. No entanto, o essencial permaneceu e os miúdos lá de casa ficaram fãs, e o mais novo até dava pulinhos de alegria de cada vez que lhe dava um para a mão. Pudéssemos nós ser assim tão pequenos de novo e apreciar verdadeiramente os doces prazeres da vida...

Ingredientes:
125 gramas de açúcar
250 gramas de farinha
Canela
Raspa de um limão pequeno
Sal fino
25 gramas de manteiga sem sal derretida
2 ovos

Na cuba da sua batedeira, misture o açúcar com a farinha e acrescente um pouco de canela (o suficiente para não colorir a farinha), a raspa do limão, e o sal (pouco).

Acrescente a manteiga e os ovos e amasse muito bem até a massa formar uma bola. De seguida, enfarinhe a sua bancada de cozinha e, apoiando-se principalmente nas palmas das mãos e não nos dedos, estenda a massa em fios, o mais fino possível, com 20 centímetros de comprimento. Dobre os fios ao meio e torça, formando pequenas tranças.

Coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal e vai a forno pré-aquecido a 180ºC durante 15 minutos ou até estarem dourados. Retire para uma rede de arrefecimento. Esta quantidade de ingredientes dá à volta de 40 biscoitos.
















Actualização: um dia, tendo apenas um ovo no frigorífico, resolvi fazer na mesma esta receita. Dupliquei a manteiga e usei a farinha Doves Farm Plain White Flour  com um quarto de colher de chá de goma xantana. Resultado: um biscoito ainda mais crocante e saboroso.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Diagnóstico em crianças


Imagem retirada da Net

A Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (ESPGHAN) estabeleceu em 1990 os actuais critérios para fazer o diagnóstico da doença celíaca (DC) em crianças. Desde então, e independentemente do quadro clínico, o diagnóstico definitivo de DC só deve ser estabelecido em crianças sintomáticas com mais de 2 anos, com alterações na mucosa do intestino delgado e desaparecimento gradual ou total dos sintomas após o início da dieta sem glúten. As análises para a DC, positivas antes da dieta e negativas após, passaram a ser consideradas um apoio adicional ao diagnóstico. A reintrodução do glúten na dieta para confirmação da DC (obrigatória antes de 1990), passou a estar limitada às seguintes situações:
 - Crianças menores de 2 anos aquando da primeira biópsia;
 - Dieta sem glúten anterior à biópsia;
 - Uma biópsia com resultados inconclusivos.
Ultimamente, e considerando os avanços que se deram no campo do conhecimento sobre a DC e o seu diagnóstico, são muitos os que pedem a revisão destes critérios. A ESPGHAN criou assim um comité para a revisão deste tema; a pressão da comunidade médica vai no sentido de, dada a alta precisão dos testes de anticorpos específicos para a DC, estes poderem substituir a biópsia nalguns casos. A questão da reintrodução do glúten para confirmação do diagnóstico é, também, posta em causa pois existe uma alta taxa de recidiva em crianças que, antes do início da dieta, eram menores de 2 anos e tinham atrofia das vilosidades e anti-corpo anti-endomísio positivo .
Em paralelo com o comité acima mencionado, e em apoio deste, um grupo de vários hospitais europeus realizou um inquérito junto de vários departamentos de gastrenterologia pediátrica de modo a avaliar as práticas diagnósticas aí realizadas. O Journal of Pediatric Gastroenterology and Nutrition publicou os resultados desse inquérito na sua edição deste mês. Deixo aqui o resumo do mesmo.
“Abstracto
 JUSTIFICATIVA E OBJECTIVOS: A revisão dos critérios para o diagnóstico de doença celíaca (CD) está a ser realizada pela Sociedade Europeia de Gastroenterologia Pediátrica, Hepatologia e Nutrição (ESPGHAN). Em paralelo, realizamos um levantamento que teve como objectivo avaliar as práticas actuais de DC entre os gastrenterologistas pediátricos e para saber quais as suas opiniões sobre a necessidade de modificação dos critérios actuais para o diagnóstico de DC.
 Pacientes e Métodos: Questionários foram distribuídos a experientes gastrenterologistas pediátricos (membros da ESPGHAN) através da Internet.
 Resultados: No total, estavam disponíveis para análise 95 questionários válidos, referentes a 28 países diferentes, com a maioria dos que responderam a tratar pacientes com DC há mais de 15 anos. Apenas cerca de 12% dos respondentes cumprem com os critérios actuais, sendo a falta de cumprimento relacionada principalmente à política de reintrodução do glúten. Cerca de 90% solicitam uma revisão e alteração dos critérios actuais. 44% querem omitir a biópsia do intestino delgado em crianças sintomáticas com imunoglobulina anti transglutaminase (Ig)A ou anticorpos antiendomísio IgA positivos, especialmente se forem positivas no DQ2/DQ8. Para os casos assintomáticos detectados por triagem com anti-transglutaminase tecidual IgA ou IgA EMA convincentemente positivos, cerca de 30% consideram que a biópsia do intestino delgado só deve ser exigida em casos específicos. A adição da determinação do antígeno leucocitário humano como ferramenta de diagnóstico foi solicitada por 42% dos respondentes. Como para a reintrodução do glúten, defende-se que uma nova política deve restringir a sua obrigatoriedade aos casos em que o diagnóstico é duvidoso ou incerto.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Chocolates Arcádia

No seguimento da recente abertura duma loja dos Chocolates Arcádia aqui pelas nossas bandas, contactamos esta empresa no sentido de saber se os seus produtos estão isentos de glúten, visto que os rótulos não trazem informações de alergéneos. Recebemos então a seguinte resposta:

“Bom dia.
Agradecemos desde já a sua preferência e o seu contacto.
Algumas das nossas referências de chocolates possuem ingredientes com glúten.
O chocolate simples é composto por cacau (cuja percentagem varia em função do tipo: branco, leite ou negro), açúcar, manteiga de cacau, leite, emulsionante: lecitina de soja, especiarias e vanilina.
Assim, qualquer uma das nossas referências compostas unicamente por chocolate são desprovidas de glúten.
Temos também ao seu dispor uma vasta gama de bombons com frutos secos como pinhões, nozes, amêndoas ou avelãs que não possuem glúten.
Mantemo-nos ao dispor.
Com os melhores cumprimentos,
XXX
Qualidade”

Sendo assim, o miúdo mais velho já anda a experimentar uma caixa de chocolates "Bonecos" e parece que aprova.


















terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Broas de mel e erva-doce

Para continuar no tema do mel, canela e erva-doce, fiz estas broas, adaptadas duma receita que encontrei aqui. Estavam à venda no El Corte Inglés na época de Natal e o miúdo mais velho quis experimentar, mas, como é normal, não pôde. Como não quero que se prive de nada (ainda que haja quem defenda que ele deveria habituar-se a não poder comer certas coisas), pus as mãos na massa e cá estão elas, iguais às da loja e aptas para uma dieta sem glúten. A filosofia, lá em casa, passa por exemplificar de que, com vontade e dedicação, tudo se consegue, e a conversa do "ai, coitadinho do menino" não tem lugar. Ele gostou, muito.

Ingredientes:
200 gramas de farinha
75 gramas de farinha de milho (marca Ramazzotti)
1/2 colher de chá de goma xantana
175 gramas de açúcar mascavado
Raspa de um limão médio
1 colher de sopa de canela
2 colheres de sopa de erva-doce
3 gramas de fermento activo seco
1/2 colher de chá de fermento em pó
1 colher de chá de bicarbonato de sódio
1 ovo
2 colheres de sopa de mel
125 ml leite morno
20 gramas de manteiga
1 gema de ovo diluída com um pouco de água

Numa tigela, misture as farinhas com a goma, o açúcar, a raspa de limão, a canela, a erva-doce, os fermentos e o bicarbonato de sódio até obter uma mistura homogénea. Junte o ovo inteiro e o mel e bata bem.

Derreta ligeiramente a manteiga, misture-a com o leite e adicione-o ao preparado. Amasse muito bem até obter uma massa compacta. Deixe a levedar durante duas horas.

No final da levedação, a massa não terá duplicado de volume, mas terá uma textura mais “fofa”. Com a ajuda de duas colheres de sopa, faça pequenas bolas. Pincele-as com a gema de ovo e coloque-as num tapete de silicone (ou tabuleiro forrado a papel vegetal). Vai a cozer em forno pré-aquecido a 210º durante 15 minutos.

















domingo, 15 de janeiro de 2012

Bolo de maçã com canela e erva-doce

Na sequência do último bolo, pensei que este seria agora o melhor bolo do mundo para o miúdo mais velho... Mas não, o anterior ainda não foi destronado. Talvez pelo vinho do Porto, talvez pela erva-doce, ou pela ausência do chocolate, o filho não gostou desta receita nova. Ficou assim todo para os adultos da casa, que não se importaram nada.

Ingredientes:
4 maçãs médias
Sumo de um limão
100 ml de vinho do Porto
1 colher de sopa de mel
175 gramas de açúcar mascavado
Canela e erva-doce a gosto
4 ovos
120 ml de óleo
380 gramas de farinha
½ colher de chá de goma xantana
1 colher de chá de fermento

Numa tigela, misture o sumo de limão e o vinho do Porto. Junte o açúcar, o mel, a canela e a erva-doce. Acrescente as maçãs cortadas em pequenos pedaços e envolva muito bem. Leve ao frigorífico cerca de 30 minutos.

Noutra tigela, misture a farinha com a goma xantana e o fermento. Reserve.

Bata os ovos juntamente com o óleo. Junte-os à mistura das maçãs e envolva muito bem. Junte a farinha e envolva bem, sem bater.

Coloque a massa na forma e levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 45 minutos. Retire do forno e espere à volta de 5 minutos antes de desenformar. Deixe arrefecer um pouco antes de fatiar.

















quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

A depressão e o glúten


Imagem retirada da Net
Depressão é uma palavra que aparece muitas vezes ligada às condições associadas ao glúten. Apareça antes ou depois do diagnóstico, é uma situação comum a muitos que lidam com uma vida sem glúten ou que deveriam fazer uma vida sem glúten. Isto porque, ser diagnosticado com a doença celíaca, com a alergia ou sensibilidade ao glúten, significa mais do que encontrar alimentos aptos à dieta. O desenvolvimento de uma atitude positiva é importante também para o bem-estar individual. Se fosse apenas uma questão de mudar a dieta, uma pessoa recém-diagnosticada não experimentaria perturbações emocionais – o que acontece frequentemente.

Isto porque, para além daqueles a quem a depressão já acompanhava antes do diagnóstico, existem outros que a vêm chegar com o início da dieta. É normal que haja um período inicial de tristeza, raiva e luta pelo que se perde, mas a maior parte das pessoas ultrapassa esta fase e começa a apreciar o facto de se sentir completamente bem, uma sensação que já não sentia há muito. No entanto, conheço pessoas que não conseguem ultrapassar o sentimento de perda, que se perdem em lamentos pelo que já não podem comer e caem na depressão. Alguns lutam também com a incompreensão de amigos e família que não “acreditam” no diagnóstico.

É, então, importante que se faça um esforço para mudar a atitude do copo meio-vazio, para aquela do copo meio-cheio. Uma atitude positiva para com a intolerância ao glúten pode ser construída seguindo algumas destas ideias:

 - Aceitar o diagnóstico: antes de mais, aceitar que se tem uma condição que não permite comer certos alimentos. Façam o luto, façam uma última refeição cheia de glúten, despeçam-se do que não podem mais comer, no fundo, enterrem o “falecido” para que a vida prossiga. Existem medidas proactivas que podem ajudar com a aceitação:
 • É importante para a pessoa falar com a família e amigos sobre o que vai significar fazer a dieta, expressar todos os sentimentos que surgem - bons e maus, e partilhar a informação;
 • Quando existem, aderir a grupos de apoio e associações que podem fornecer informações e apoio. Caso não haja, descobrir outros intolerantes ao glúten e tentar organizar reuniões informais, pois tão bom como um ombro amigo, é um ombro que sabe exactamente o que estamos a passar;
 • Um bom médico pode fornecer aconselhamento e supervisão na mudança de dieta.

 - Dar ênfase aos alimentos sem glúten: mais uma vez, a atitude positiva que vence a depressão é aquela que se concentra em tudo o que pode comer e ignora o que não pode. Um intolerante ao glúten pode comer tantas coisas, porquê carpir aquilo que não pode e que é substituível com alguma facilidade?

- Socializar sem glúten: quando o indivíduo se sentir com força, deve ir para sítios, sejam restaurantes ou casas de amigos, onde haja uma atmosfera de apoio, de modo a aliviar o isolamento. Deve, contudo, informar-se com antecedência sobre o que estará disponível para comer e ver o que será necessário trazer.

Como já contei neste blog, a médica do meu filho mais velho disse que tinha “boas notícias” quando me ligou com o resultado da biópsia. Só posso concordar, pois quando me poderia ter dado várias notícias muito desagradáveis, disse-me apenas que ele era tinha doença celíaca. Deixo de seguida um artigo interessante sobre a depressão e o glúten, com referências a estudos que têm sido feitos.

“A Doença Celíaca e a Depressão
Há relação entre o glúten e a depressão?
Por Nancy Lipid, About.com Guide

A Depressão (assim como outros distúrbios comportamentais) pode, às vezes, estar relacionada com a doença celíaca. Em muitos estudos, crianças e adultos com doença celíaca apresentaram taxas mais elevadas de depressão do que indivíduos sem doença celíaca. Alguns desses estudos foram feitos em pacientes com doença celíaca não tratada (isto é, quando ainda ingeriam glúten). Noutros casos, e mesmo quando a pesquisa envolveu pacientes com doença celíaca e a fazer dieta isenta de glúten, estes ainda tinham taxas mais altas de depressão, em comparação aos não-celíacos.

Fazer uma dieta sem glúten ajuda a aliviar a depressão em pacientes com doença celíaca?
Se a depressão do paciente está relacionada com a má absorção de nutrientes, iniciar uma dieta sem glúten pode ajudar, porque os intestinos curam-se e a absorção de nutrientes melhora. Alguns investigadores acreditam que a má absorção pode interferir com a manipulação pelo corpo de neurotransmissores que regulam o humor. Em particular, deficiências de triptofano relacionadas com a má absorção, parecem contribuir para a depressão em pacientes com doença celíaca. O triptofano é necessário para que o corpo produza serotonina, que é o neurotransmissor central envolvido na regulação do humor e ansiedade.

Em pacientes com doença celíaca não tratada - e mesmo em alguns pacientes com doença celíaca a cumprir a dieta isenta de glúten – a deficiência de vitamina B6 também pode ter um papel na depressão. Num estudo escandinavo, por exemplo, pacientes com doença celíaca e depressão não relataram melhoria da sua depressão passado um ano sobre o início da dieta livre de glúten. Após 6 meses de tratamento com vitamina B6, no entanto, os seus sintomas depressivos melhoraram significativamente.

Outros efeitos secundários de má absorção podem causar sintomas capazes de serem confundidos com depressão. Por exemplo, uma deficiência de ácido fólico, devido à má absorção pode causar apatia, fadiga e perda de memória. A deficiência de ferro, com ou sem anemia, pode produzir sensações de cansaço e fadiga. Num estudo de adolescentes entre os 12 a 16 anos de idade com doença celíaca, na Finlândia, aqueles que estavam deprimidos antes de iniciarem uma dieta livre de glúten, tinham certos desarranjos hormonais bioquímicos associados com a depressão. Após 3 meses a fazer a dieta, esses mesmos adolescentes tinham melhorado a sua bioquímica hormonal e obtido uma diminuição significativa nos sintomas psiquiátricos.

Uma dieta sem glúten nem sempre é a solução para a depressão. No entanto, por motivos que, às vezes, são entendidos e outras não. Pelo menos dois estudos italianos atribuíram maiores taxas de problemas emocionais em pacientes celíacos a fazer a dieta sem glúten devida às dificuldades de adaptação à doença e à dieta. Num dos estudos, os pacientes com doença celíaca eram mais ansiosos e sentiam que a sua qualidade de vida tinha piorado. Em vários outros grandes estudos publicados, incluindo um estudo da Suécia, envolvendo mais de 13.000 pacientes com doença celíaca, os autores encontraram taxas mais elevadas de depressão entre os celíacos sem glúten, mas não foram capazes de identificar as razões específicas.

O que deve fazer se estiver deprimido?
• Se tiver a doença celíaca, pergunte ao seu médico se precisa de fazer as análises específicas da doença, para se certificar que não está a ingerir glúten acidentalmente, o que pode estar a causar a sua depressão. Pergunte também ao seu médico se deve ser avaliado para deficiências de vitaminas.
• Enquanto isso, pergunte ao seu médico, ou a alguém em quem confie e que tenha experiência em saúde mental - por exemplo, um enfermeiro, assistente social ou conselheiro religioso – como obter tratamento. Não tente lutar sem ajuda.”

Outros artigos:
Celiac Disease and Depression

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Provadores celíacos

Um pouco depois do meu filho mais velho ser diagnosticado e sendo já sócio da APC, recebemos uma nota informativa em que se podia ler que a Sense Test, uma empresa de análises sensoriais alimentares, gostaria de receber inscrições de doentes celíacos para formar uma base de provadores para produtos sem glúten. Achei que seria interessante e inscrevi-o.

Penso que só agora recebemos um pedido de prova porque, antes, ele ainda era muito pequeno, mas tem sido interessante e ele acha-se um grande cientista a fazer experiências. No nosso caso, estamos a experimentar misturas comerciais para produtos sem glúten e mais não adianto pela própria confidencialidade do processo. Recebemos as amostras em casa e estamos a usá-las nas nossas receitas; depois, temos que preencher uns inquéritos com a nossa opinião acerca dos produtos e remetê-los por correio em envelope pré-pago para a Sense Test. Fácil e barato, só não dá milhões, mas é recompensador saber que ajudamos a melhorar a qualidade dos produtos que, em breve, iremos ver nas prateleiras dos supermercados.

Quem se quiser inscrever, pode fazê-lo aqui. Nesta secção, a Sense Test aborda vários assuntos relacionados com esta temática e disponibiliza um fórum como meio de comunicação entre a empresa e os provadores (ainda que esteja algo parado).


terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bolo de framboesas e chocolate branco

Este bolo surgiu porque quando vi as framboesas frescas à venda no supermercado, apeteceu-me fazer um bolo com elas. Adaptei um pouco esta receita e o resultado, segundo o miúdo mais velho, na sua excitação tão típica de quem experimenta quase tudo pela primeira vez,  "é o melhor bolo do mundo". Assim, até ele provar o próximo, este é o melhor bolo do mundo lá por casa.

Ingredientes:
150 gramas de manteiga sem sal amolecida
70 gramas de açúcar branco
70 gramas de açúcar mascavado
1 colher de chá de essência de baunilha
2 ovos
120 gramas de farinha
60 gramas de amêndoas em pó
1 colher de chá de fermento
Sal fino q.b.
100 gramas de pepitas de chocolate branco
100 gramas de framboesas

Forre uma forma pequena (redonda ou quadrada) com papel de alumínio. Reserve.

Misture bem a farinha com as amêndoas, o sal e o fermento. Reserve.

Bata a manteiga com os açúcares na cuba da batedeira até obter uma mistura cremosa. Junte, primeiro, a essência de baunilha e, depois, os ovos previamente batidos, um pouco de cada vez.

Acrescente a mistura de farinhas e misture bem; acrescente, por fim, o chocolate branco e envolva-o completamente na massa.

Coloque metade da massa na forma e disponha as framboesas equitativamente. Termine, colocando o resto da massa por cima das framboesas. Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 a 50 minutos.

Deixe arrefecer completamente antes de cortar.
































segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

A pele e o glúten

Lesões de Dermatite Herpetiforme
Imagem retirada da Net

Lembrei-me do tempo antes do diagnóstico do meu filho mais velho quando li este artigo. Isto porque nele se aborda a maneira como o glúten pode afectar a pele, e a referência ao eczema trouxe-me à memória a mancha vermelha que tinha na bochecha direita e que não desaparecia. Na altura, entre os problemas que o afectavam, aquela mancha resistente era apenas uma questão cosmética, mancha essa que desapareceu e nunca mais voltou desde que ele iniciou a dieta sem glúten. Logo, ainda que este artigo não seja conclusivo sobre uma ligação entre o glúten e a pele (para além da conhecida relação entre o glúten e a dermatite herpetiforme), a nossa experiência pessoal aponta nesse sentido.

"Doença celíaca ligada a múltiplas condições de pele
A psoríase, eczema e urticária ocorrem mais frequentemente em doentes celíacos
Por Jane Anderson, About.com Guide, Actualizado December 20, 2011

A doença celíaca afecta mais do que apenas o seu sistema digestivo -  também pode afectar a  sua pele.

Cerca de 15% a 25% dos celíacos sofrem de dermatite herpetiforme, uma erupção considerada uma manifestação de pele da doença celíaca. Mas este não é o único problema de pele que as pessoas com a doença celíaca podem ter. Eczema, psoríase, acne, pele seca crónica, urticária e alopecia areata são também possíveis. Por alguma razão, estas doenças afectam os celíacos com mais frequência do que a população geral.

Embora existam actualmente poucas evidências científicas de que o glúten consumido causa essas condições de pele, em alguns casos, as pessoas têm encontrado alívio ao seguir a dieta sem glúten.

Amplo espectro de condições de pele associadas à doença celíaca

As condições de pele associadas à doença celíaca vão desde erupções cutâneas com comichão à perda de cabelo, mas a maioria parece ser, pelo menos em parte, questões auto-imunes ou de natureza genética. Aqui está um resumo das condições de pele mais comuns actualmente associadas à doença celíaca:

• Dermatite herpetiforme e doença celíaca

Dermatite herpetiforme, uma erupção cutânea causada pelo consumo de glúten, é geralmente (mas não sempre) uma das erupções cutâneas com maior comichão que poderá experimentar, e as lesões podem picar e arder. Estas podem aparecer em qualquer lugar, mas ocorrem mais frequentemente nos cotovelos, joelhos, nádegas, costas e parte de trás do pescoço e da cabeça.
Se tiver dermatite herpetiforme, será considerado como doente celíaco, desde que os seus exames de sangue também sejam positivos. Embora o seu médico possa prescrever o medicamento Dapsona e este, temporariamente, controlar a erupção e a comichão, a dieta sem glúten representa o único tratamento a longo prazo para a dermatite herpetiforme.

• Psoríase e doença celíaca

Vários estudos mostram que a psoríase, uma condição da pele que causa espessas placas escamosas vermelhas na sua pele, partilha uma forte ligação com o consumo de glúten e a doença celíaca. Os pacientes com psoríase têm frequentemente níveis elevados de anticorpos ao glúten em circulação na sua corrente sanguínea, o que indica que estes estão a reagir ao glúten nas suas dietas, mesmo que não tenham sido diagnosticados com doença celíaca.
Não está claro se o glúten causa a psoríase, ou se os pacientes com psoríase também têm maiores taxas de doença celíaca - são necessárias mais pesquisas para determinar a causa e efeito. No entanto, alguns relatos indicam que pacientes com psoríase podem ver os seus sintomas de pele a melhorar dramaticamente quando adoptam uma dieta livre de glúten.

• Eczema e doença celíaca

Eczema, outra erupção pruriginosa, causa descamação e manchas esbranquiçadas na pele. O eczema ocorre mais frequentemente em crianças, mas os adultos também podem sofrer desta condição de pele. Embora o principal tratamento para o eczema sejam os corticosteróides tópicos, há alguma evidência de que, para algumas pessoas, o eczema possa estar ligado à doença celíaca. Para essas pessoas, uma dieta sem glúten pode ajudar a tratar este problema.

• Alopecia areata e doença celíaca

Alopecia areata, uma doença auto-imune em que o seu organismo ataca os folículos capilares e faz com que o cabelo caia, também tem sido associado em estudos de investigação com a doença celíaca. Mais uma vez, a ligação entre as duas condições não é clara, e pode reflectir uma maior incidência da doença celíaca em indivíduos com alopecia areata, em oposição a uma relação de causa e efeito com o glúten nas suas dietas.
A maioria das pesquisas que mostra uma ligação também relata que as pessoas com ambas as doenças, concluíram que o cabelo cresceu quando adoptaram uma dieta sem glúten, mas alguns não-celíacos com alopecia areata também experimentam crescimento de cabelo aparentemente aleatório.

• Urticária crónica e doença celíaca

Um estudo de 2005 descobriu que 5% das crianças com urticária crónica - ou urticária - também tinham a doença celíaca. Quando as crianças no estudo foram diagnosticados com a doença celíaca e adoptaram a dieta sem glúten, todos viram a sua urticária crónica desaparecer entre cinco a 10 semanas.

• Acne e doença celíaca

Embora não haja pesquisas médicas publicadas que mostrem uma ligação entre a doença celíaca ou intolerância ao glúten e o acne, uma condição de pele comum na adolescência, muitos sofredores de acne relataram alívio quando iniciaram uma dieta sem glúten. No entanto, se os pacientes com acne adoptaram uma dieta baixa em hidratos de carbono, para além de uma dieta isenta de glúten, é possível que isso tenha causado a melhoria da acne, uma vez que está provado que essa dieta reduz a incidência de borbulhas.

• Queratose pilar e doença celíaca

Mais uma vez, enquanto não há nenhuma pesquisa que ligue a doença celíaca com a queratose pilar, uma condição da pele que provoca pele de galinha, principalmente no interior dos braços, muitas pessoas reportam que a condição desaparece, assim que se inicia uma dieta sem glúten. A queratose pilar é mais comum em pessoas com eczema, e costuma aparecer em famílias.

• Pele seca e doença celíaca

Muitas pessoas com doença celíaca sofrem de pele muito seca e, em alguns casos, isto desaparece depois de adoptarem uma dieta livre de glúten. Mais uma vez, não está claro se a doença causa a pele seca, mas alguns médicos têm sugerido que a má absorção associada à doença celíaca não tratada pode roubar a pele de nutrientes necessários."

Outros artigos:
Este estudo de Maio de 2012 aborda com mais profundidade a temática do artigo deste post: Dermatological Manifestations of Celiac Disease
Este estudo israelita faz uma ligação entre a urticária crónica e condições de auto-imunidade: Chronic urticaria and autoimmunity: Associations found in a large population study
Este estudo egípcio associa a psoríase à intolerância ao glúten: Estimation of (IgA) anti-gliadin, anti-endomysium and tissue transglutaminase in the serum of patients with psoriasis
Artigo de 2014 que aborda as várias maneiras em que a pele é afectada pelo glúten: Skin manifestations of celiac disease: not always dermatitis herpetiformis.
Estudo de 2012 sobre a ligação da psoríase e as proteínas do trigo: In vitro screening for putative psoriasis-specific antigens among wheat proteins and peptides.
Estudo de caso de 2003 que relata a regressão de lesões de psoríase com uma dieta sem glúten: Rapid Regression of Psoriasis in a Coeliac Patient after Gluten-Free Diet
Estudo estónio publicado em 2014 que estabelece uma relação entre doença celíaca e dermatite atópica: Celiac Disease in Children with Atopic Dermatitis.
Estudo italiano de 2013: Clinical and immunopathological features of 159 patients with dermatitis herpetiformis: an Italian experience.
Estudo indiano de 2014: Screening of Celiac Disease in Children with Alopecia Areata
Estudo brasileiro de 2014: Dermatitis herpetiformis: pathophysiology, clinical presentation, diagnosis and treatment
Estudo italiano de 2015: The Diagnosis and Treatment of Dermatitis Herpetiformis
Estudo italiano de 2015: Cutaneous Manifestations of Non-Celiac Gluten Sensitivity: Clinical Histological and Immunopathological Features
Estudo italiano de 2015: Association between Coeliac Disease and Psoriasis: Italian Primary Care Multicentre Study
Estudo dinamarquês de 2015: Clustering of autoimmune diseases in patients with rosacea 
Cutaneous Gluten Sensitivity
Estudo grego de 2016: Prevalence of antigliadin IgA antibodies in psoriasis vulgaris and response of seropositive patients to a gluten-free diet
Estudo finlandês de 2018: How Common is Dermatitis Herpetiformis in Celiac Disease Patients?


Natur Improver

Descobri há pouco, por comentários num blog espanhol, que existe uma empresa nesse país, a Natur Improver, que faz a melhor mistura panificável sem glúten (segundo as pessoas em questão, claro). Uma mistura que tem a vantagem de só precisar de água, uma vantagem para quem não gosta de perder tempo a fazer pão e não gosta do cartão que vendem nos supermercados sob a designação de "pão sem glúten".

Na página deles pode-se encontrar todos os seus produtos e, realmente, têm uma grande oferta. O preço, à primeira vista, será elevado, principalmente em Espanha onde uma embalagem de quilo de Mix B da Schar custa 3,69€ no Alcampo. A mistura básica para pão de um quilo da Natur Improver custa 6,84€ (já inclui fermento, sal e azeite na sua composição), pelo que não será assim tão cara em comparação com a Schar em Portugal e é até mais barata do que a Valpiform.

Para quem quiser experimentar, dadas as boas críticas que lhe fazem, a Natur Improver envia para Portugal e os portes são grátis a partir de 60€. Isto envolve uma encomenda elevada para não pagar portes ou, então, um grupo de intolerantes ao glúten que faça uma encomenda em conjunto. Fica a dica.



quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Na máquina do pão

Temos uma máquina do pão à qual não damos muito uso. É da marca Délonghi e pensamos ser uma boa compra, na altura, pois tinha um programa para pão sem glúten. No entanto, a cuba é pequena mas funda, resultando nuns pães altos e estreitos, nada fáceis de fatiar. Daí que, na maior parte dos casos, só a uso para amassar e/ou levedar. Quando vi esta receita de pão com um aspecto tão apetitoso, hesitei em experimentá-la pois envolvia pegar na máquina do pão.

Por fim, lá me decidi e obtive uns dos pães mais saborosos de todos os que já fiz, com uma crosta estaladiça e um miolo muito fofo. A única diferença da receita original é que deixei levedar apenas uma hora, e depois retirei para uma forma de pão de forma que levei ao forno. Deixei cozer durante 35 minutos, durante os quais o pão cresceu imenso, tanto que ia quase tombando, mas lá se aguentou e ficou apenas parecido com o Corcunda de Notre Dame. Isto é surpreendente, visto que leva uma quantidade minúscula de fermento. Para quem não gosta do sabor do trigo sarraceno, como diz a autora da receita,  realmente, não se nota o sabor e melhora o conteúdo nutricional do pão... ainda que a Schar ande a fazer um esforço para acrescentar fibras às suas misturas, o que é de louvar pois as primeiras farinhas que comprei desta marca eram quase amido puro.

As fotos foram feitas à pressa e não deixam transparecer a "qualidade" desta receita, que deixo aqui na versão original para quem tem uma máquina do pão com uma cuba mais jeitosa que a minha. Para a próxima vez, vou retirar após uma hora de levedação e moldo a massa em bolinhas para ver se consigo reproduzir o pão da padaria. Há que ter objectivos na vida!

Ingredientes:
350 gramas de água morna
20 gramas de azeite
4 gramas de sal
300 gramas de farinha Mix B Pan de Schär
50 gramas de farinha de trigo sarraceno
15 gramas de mel/ xarope de agave/ xarope de ácer
3 gramas de fermento seco activo

Coloque os ingredientes pela ordem acima indicada na cuba da máquina do pão; eu retiro-a da máquina e coloco-a sobre uma balança (electrónica) e vou colocando os ingredientes.

Seleccione o programa “Pão Francês”, peso 700 gramas e crosta média. Na minha máquina, este programa leva 3H35M. Após 2 a 3 minutos do início do programa, abra a tampa e com uma espátula, raspe a farinha que ficou nos lados da cuba.

Quando terminar o programa, retire para uma rede de arrefecimento e fatie quando estiver frio.



































A mesma textura, formato diferente, feitos
com a ajuda de formas de alumínio
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