INFORMAÇÃO É PODER

DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



sexta-feira, 30 de março de 2012

A tiróide e o glúten

No episódio desta semana da série de televisão Dr. House (que irá repetir hoje, às 22.20 horas no canal Fox), o caso tratado foi de um homem diagnosticado com uma tiroidite e doença celíaca. Esta associação é uma das mais estudadas e das mais reconhecidas, como se pode ver por esta lista que se segue:


Autoimmune thyroid diseases and coeliac disease.






Apesar de haver indivíduos que conseguem fazer regredir uma tiroidite (ou diminuir o seu impacto) com uma dieta isenta de glúten, estes não são a maioria, pois uma vez iniciada a doença auto-imune, é difícil fazê-la desaparecer. No entanto, este caso italiano é um caso de sucesso:

"Associação incomum de tiroidite, doença de Addison, falência ovárica e doença celíaca numa mulher jovem
Imagem retirada da Net
A coexistência de doenças endócrinas auto-imunes, em particular doenças auto-imunes da tiróide e doença celíaca (DC), foi noticiada recentemente. Apresentamos aqui o caso de uma mulher de 23 anos com um diagnóstico de hipotiroidismo devido à tiroidite de Hashimoto, a doença auto-imune de Addison e falência ovárica prematura espontânea com cariotipo normal. Considerando a estreita associação entre doenças auto-imunes e DC, decidimos procurar pelo anticorpo IgA anti-endomísio (EmA) no soro.

 A positividade do EmA e a presença de atrofia total das vilosidades na biópsia jejunal permitiu o diagnóstico de DC. Com uma dieta isenta de glúten, a paciente mostrou uma marcada melhoria clínica, acompanhada, ao longo de um período de três meses, por uma diminuição progressiva da necessidade de terapias de substituição da tiróide e glândula adrenal. Após seis meses, o soro EmA tornou-se negativo e, após doze meses, uma nova biópsia jejunal mostrou a recuperação completa da mucosa. Depois de dezoito meses com dieta isenta de glúten, os anticorpos anti-tiróide diminuíram significativamente, e nós pudémos suspender a terapêutica substitutiva da tiróide.

Este caso reforça a associação entre a doença poliglandular autoimune e a DC; a identificação precoce destes casos é clinicamente relevante não apenas para o alto risco de complicações (linfoma, por exemplo) inerentes à DC não tratada, mas também porque a DC é uma das causas para o fracasso da terapia hormonal de substituição em pacientes com doença autoimune da tiróide."

quarta-feira, 28 de março de 2012

A história de Jack


Imagem retirada do blog Raising
Jack with Celiac

Recentemente encontrei o blog Raising Jack with Celiac, escrito por uma mãe com um filho pequeno que tem a doença celíaca. Duas coisas me chamaram a atenção na sua história: o diagnóstico rápido e certeiro feito pelo seu pediatra, o que é uma excepção, e as fotos que acompanham este post. Nelas, revejo o meu filho mais velho, num tempo em que não lhe quis tirar fotos, apenas as que a médica pediu para fazer o registo da evolução. A barriga, enorme, o ar triste e cansado, a pele pálida, os braços e pernas fininhas… Divulgo porque a mensagem é importante, mas também porque uma imagem vale por mil palavras. Foi porque pesquisei imagens de crianças com doença celíaca que percebi que o meu filho também era assim, imagens que não me saíam da cabeça e que me levaram a ignorar os que me diziam que não era possível. Para que estas imagens possam ajudar outros pais.

Quem me dera saber então o que sei agora ...

Quando penso no tempo antes do Jack ser diagnosticado, é difícil para mim olhar para as fotos, como esta abaixo. Nós nunca ouvimos falar de doença celíaca – porque haveríamos de achar que o glúten iria magoá-lo? Pensar nesse tempo deixa-me triste, porque o meu rapazinho estava doente e eu não sabia.

Mas, felizmente, o Jack foi imediatamente testado para a doença celíaca. Jack teve a consulta dos dois anos na semana seguinte a termos tirado estas fotos, e eu mencionei ao seu pediatra que algo não parecia certo... Irritabilidade, diarreia e falta de energia. E, nessa altura, também uma barriga distendida, mas eu pensava que era apenas a forma do seu corpo! O pediatra do Jack mencionou que iria fazer alguns exames de sangue apenas para se certificar que tudo estava bem. Mal sabia eu que, numa semana, me estariam a dizer que o Jack tinha a doença celíaca e deveria viver um estilo de vida sem glúten. “O quê? Doença Celíaca? O que é isso?” Um amigo tinha-me falado disso no dia anterior a esse telefonema, e foi a primeira vez que alguém me falara no assunto.

A busca começou! De imediato pus-me a pesquisar a doença celíaca e a dieta sem glúten na Internet. Durante duas semanas enchi-me de informação. O que é sem glúten? Como apareceu a doença? Hereditária? Quem tem os genes? Depois de duas semanas, eu, finalmente, chorei. Era impressionante! Eu estava assustada, chocada e não sabia o que se iria seguir.

Mas tudo melhorou, e a melhor parte foi ver o Jack recuperar tão depressa! Em duas semanas, o Jack ganhou peso, ficou sem diarreia, e começou a correr como um menino de dois anos. Eu estava tão feliz por ver o Jack a sentir-se melhor - Foi incrível!

É por isso que a sensibilização é tão importante para mim. Se alguém me tivesse falado disto e eu soubesse o que é a doença celíaca, talvez pudesse ter-me apercebido antes dos sintomas do Jack. Eu quero que os outros saibam sobre esta doença, que estejam cientes dela, que saibam que existe e que tem muitos sintomas ocultos que são mal diagnosticados. Felizmente para o Jack, ele foi diagnosticado imediatamente - estou grata por isso todos os dias.

Por favor enviem este texto para uma pessoa. E ajudem alguém a começar a sentir-se melhor hoje.”

segunda-feira, 26 de março de 2012

Bolachas belgas

Há duas semanas atrás, o Lidl teve em promoção uma máquina de waffles, na sua versão tradicional, e outra com um padrão mais pequeno, bom para fazer bolachas belgas. Correndo o risco de não ter mais espaço na cozinha para outro aparelho, comprei esta última versão. Vi várias receitas na Internet, mas esta pareceu-me a mais simples e rápida. É facilmente adaptável, podendo-se usar manteiga, margarina ou óleo, nas mesmas quantidades, assim como variar o sabor juntando banilha, canela ou chocolate. Á vontade do freguês.

Ingredientes:
1 ovo
60 gramas de açúcar
35 gramas de manteiga/margarina/óleo
1/2 colher de chá de essência de baunilha / 1 colher de chá de canela moída
145 gramas de farinha
1 colher de chá de fermento

Misture os ingredientes pela ordem em que surgem na listagem acima e misture bem até formar uma massa lisa e homogénea.

Aqueça o aparelho no ponto 4. Faça pequenas bolas do tamanho de ovos de codorniz, e coloque no centro de cada desenho na máquina.

Deixe cozinhar durante 2 a 3 minutos até dourarem. Ainda na máquina, separe, com uma faca afiada, as bolachas pelas marcas (as bolachas estão moles enquanto quentes, mas endurecem rapidamente assim que arrefecem). Coloque numa rede de arrefecimento.

Esta quantidade dá 24 bolachas.


















quarta-feira, 21 de março de 2012

A cerveja, o glúten e a psoríase


Imagem retirada da Net

Li, recentemente, um artigo de 2010 que aborda um estudo que saiu na altura sobre a ligação entre a cerveja e a psoríase,  e como as mulheres participantes do estudo eram mais propensas a sofrer de psoríase quanto mais cerveja consumiam. O elo de ligação apontado é o glúten. Logo, achei que seria interessante divulgá-lo aqui.

As mulheres, participantes de um programa de pesquisa intitulado de “2º Estudo da Saúde dos Enfermeiros”, descreveram, em questionários bienais, os montantes e tipos de álcool que beberam, e também relataram se tinham sido diagnosticadas com psoríase. Entre as conclusões:

- 1.150 casos de psoríase desenvolvidos, dos quais 1069 foram usados ​​para análise;
- Cerveja light, vinho branco e tinto, e bebidas brancas não foram associados ao risco de psoríase;
- O risco de psoríase foi 72% maior entre mulheres que beberam uma média de 2,3 doses por semana ou mais, comparando com as enfermeiras que se abstiveram de álcool.
 -O risco de psoríase foi 2,3 vezes maior para as mulheres que bebiam cinco ou mais cervejas por semana do que as enfermeiras que não beberam cerveja.

Na conclusão do estudo, os autores escreveram o seguinte:

"A cerveja não light foi a única bebida alcoólica encontrada que aumenta o risco para a psoríase, sugerindo que certos componentes não-alcoólicos da cerveja, que não são encontrados no vinho ou em bebidas brancas, podem desempenhar um papel importante no surgimento de psoríase. Um destes componentes pode ser a fonte do amido usado na fabricação de cerveja. A cerveja é uma das poucas bebidas alcoólicas não-destiladas que utilizam um amido para a fermentação, que é, normalmente, a cevada. Esta difere do vinho que utiliza uma fonte de fruta (uvas) para a fermentação. Alguns tipos de bebidas brancas tais como a vodka podem utilizar um amido para a fermentação, no entanto, estes amidos são fisicamente separados da bebida durante a destilação. Fontes de amido, tal como a cevada, contêm glúten, que tem sido demonstrado estar associado com a psoríase.

Por exemplo, indivíduos com psoríase apresentam níveis elevados de anticorpos anti-gliadina e podem ter "sensibilidade latente ao glúten", em comparação com indivíduos sem psoriase (aqui e aqui). Vários estudos têm mostrado que uma dieta sem glúten pode melhorar a gravidade da psoríase em pacientes com sensibilidade ao glúten. Um relato de caso descreve um paciente com doença celíaca e psoríase cujas lesões cutâneas melhoraram logo após iniciar uma dieta livre de glúten cerveja (aqui). A cerveja light também contém glúten, no entanto, este estudo não mostrou uma associação entre a ingestão de cerveja light e incidentes de psoríase. Isto pode ser devido às menores quantidades de grãos usados ​​para fazer a cerveja light, quando comparada com a cerveja normal. Embora uma dieta isenta de glúten ajude a eliminar a psoríase (aqui) permanece por esclarecer se o glúten contribui para surgimento de novos casos de psoríase, e se isso só ocorre em indivíduos predispostos, tais como aqueles com sensibilidade latente ao glúten."

Outros estudos:
Association between Coeliac Disease and Psoriasis: Italian Primary Care Multicentre Study
Can Some Celiac Patients Drink Regular Beer?
Prevalence of antigliadin IgA antibodies in psoriasis vulgaris and response of seropositive patients to a gluten-free diet



segunda-feira, 19 de março de 2012

Bolo de maçã e alfarroba

Quando vi esta receita, com um visual tão apelativo, tive que experimentar. Fica aqui, então, a versão sem glúten.

Ingredientes
Crumble:
120 gramas de farinha
85 gramas de açúcar mascavado escuro
2 colheres de café de canela
85 gramas de margarina

Bolo:
3 colheres de sopa de leite
1 colher de sopa de sumo de limão
150 gramas de azeite
150 gramas de açúcar
3 ovos
130 gramas de farinha
50 gramas de farinha de alfarroba
1/4 colher de chá de goma xantana
1 colher de chá de essência de baunilha
2 maçãs grandes Golden Graham

Para fazer o crumble, junte numa taça a farinha, o açúcar, a canela e a margarina. Misture bem apertando a massa entre os dedos, até conseguir formar uma bola. Embrulhe e leve ao frigorífico durante, pelo menos, 30 minutos.

Num copo à parte, misture o leite com o limão. Reserve. Entretanto, bata o azeite com o açúcar. Junte os ovos um a um enquanto bate. Junte, então, a mistura do limão com o leite. Bata tudo muito bem.

Divida a massa, em proporções iguais, em duas tigelas. Separe a farinha: numa delas coloque 100 gramas de farinha e a goma xantana e misture. Adicione a essência de baunilha. Na outra tigela, coloque a farinha de alfarroba e a restante farinha. Bata bem.

Corte as maçãs em fatias médias. Numa forma untada (preferencialmente de aro amovível) coloque a massa com a farinha "normal". Coloque, por cima, as maçãs fatiadas até cobrir a totalidade da massa. Coloque, depois, a massa com a farinha de alfarroba até cobrir as maçãs. Faça então mais uma camada com o resto das maçãs.

Retire a bola de massa do frigorífico e coloque por cima das maçãs desfazendo um pouco, de modo a criar o efeito do crumble. Leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 40 a 50 minutos. Deixar arrefecer antes de fatiar.


















































sexta-feira, 16 de março de 2012

Sem glúten antes dos 12 meses



Imagem retirada da Net

Saiu esta semana um estudo do Dr. Fasano que encontrou evidências favoráveis ao atraso na introdução do glúten em bebés geneticamente susceptíveis para a doença celíaca. A nossa decisão enquanto pais, e contra conselho médico, de atrasar a introdução do glúten no filho mais novo, dada a carga genética que carrega, saiu reforçada com este estudo. A notícia é da About.com:




"Estudo indica que atrasar a exposição ao glúten protege contra a doença celíaca
Atrasar a exposição ao glúten em bebés de risco para a doença celíaca, até fazerem um ano de idade potencialmente restringe a resposta do sistema imunológico contra o glúten e pode retardar ou prevenir a doença auto-imune, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Maryland publicada hoje no jornal online PLoS ONE.

O estudo desafia directamente o aviso prévio para introduzir o glúten nos bebés entre os quatro e seis meses de idade. Essa recomendação, também baseada em pesquisa médica, afirma que os bebés que começam a ingerir glúten aos sete meses ou mais tarde têm um risco ligeiramente maior para a doença celíaca do que aqueles que começam a ingerir glúten entre os quatro e seis meses.

O recém-lançado estudo, "Prova de conceito da análise do microbioma-metaboloma e o atraso na exposição ao glúten na auto-imunidade da doença celíaca em crianças geneticamente em risco ", também descobriu diferenças na composição das bactérias intestinais entre crianças de alto risco para a doença celíaca, que começaram a ingestão de glúten em períodos diferentes.

O Dr. Alessio Fasano, director do Center for Celiac Research da Universidade de Maryland e um dos dois autores do estudo, diz que essas descobertas podem ajudar os pesquisadores a identificar marcadores biológicos que poderiam predizer o aparecimento da doença celíaca.

"Com a validação desses marcadores, esperamos identificar o ponto de gatilho para o aparecimento da doença celíaca e outras doenças auto-imunes", Dr. Fasano afirmou num comunicado. "Assim, podemos investigar formas de prevenir o aparecimento destas condições, ajustando a microbiota do intestino."

O seu intestino contém normalmente um grande número de diferentes tipos de bactérias, e os pesquisadores teorizaram que as alterações nestas bactérias possam influenciar a possibilidade de uma pessoa desenvolver a doença celíaca.

O estudo envolveu 34 crianças com parentes próximos que têm a doença celíaca, e que também testaram positivo para os genes da doença celíaca. Todos os bebés foram amamentados exclusivamente, pelo menos, durante os primeiros seis meses.

Os pesquisadores usaram, então, análises de amostras de fezes para observar as mudanças na sua composição bacteriana, comparando crianças com dietas diferentes: o grupo A tinha atrasado a introdução de glúten até aos 12 meses de idade, enquanto o Grupo B recebeu um suplemento de glúten a partir dos seis meses de idade. Todas as crianças reverteram para uma dieta sem restrições, a partir dos 12 meses.

Um bebé do Grupo B desenvolveu a doença celíaca aos 24 meses de idade, enquanto outra criança do Grupo B desenvolveu diabetes tipo 1 (uma outra condição auto-imune) aos 22 meses.

A composição das bactérias dos intestinos - também conhecido como o "microbioma" - não amadureceu a um ritmo normal nas crianças que eram susceptíveis à doença celíaca, concluiu o estudo. "A partir destes achados, pensamos que o ambiente microbiano como um todo pode desempenhar um papel no aparecimento da doença celíaca, e, possivelmente, em outras doenças auto-imunes", diz o Dr. Fasano."

quarta-feira, 14 de março de 2012

Goma de alfarroba


Imagem retirada da Net

Ontem repeti esta receita porque, há uns tempos atrás, li que a alfarroba, tal como a goma xantana, funcionava como um hidrocolóide. Efectivamente, se repararmos bem nos rótulos (o que é uma redundância de dizer quando se trata da dieta sem glúten), a goma de alfarroba aparece muitas vezes como um espessante. Nas primeiras vezes que fiz esse bolo de alfarroba, juntei goma xantana à farinha e o resultado final era uma massa densa, saborosa, mas densa. Sei que goma xantana a mais pode produzir esse efeito, logo comecei a pensar se a goma presente na farinha de alfarroba interagia com a xantana e actuava por excesso. Ontem, tirei a teima: não usei a goma xantana e a textura ficou mais macia, mas também sem esfarelar. Assim, a goma própria da alfarroba assumiu o papel da goma xantana. Falta-me agora experimentar se usando as duas matérias, mas em diferentes proporções, se obtém um efeito sinergético, resultando numa massa macia e elástica.

Pus-me, então, a pensar se haveria goma de alfarroba à venda. É óbvio que se pode usar a farinha para um efeito aglutinante, mas apenas em bolos, por razões estéticas: um pão com farinha de alfarroba seria bastante escuro, logo, a menos que estejamos à procura de um visual tipo pão de centeio alemão, não seria interessante. Por incrível que pareça (ainda que Portugal seja um grande produtor de alfarroba), há uma loja online que vende goma de alfarroba (e goma xantana), a Inspiring Ingredients, virada para a cozinha molecular. Os preços são altos, mas deixo aqui a informação que apresentam em relação à goma de alfarroba:

"A goma de alfarroba é extraída das sementes do fruto da alfarrobeira onde tem um papel de hidrato de carbono de reserva.

É usada como um agente espessante e, se usada em simultâneo com outros texturantes, tem propriedades gelificantes. Ou seja, existe uma sinergia entre a goma de alfarroba e outros agentes espessantes e gelificantes, como o xantano, agar e carragerninas, que permite formar ou alterar características de géis. Por exemplo, a goma de alfarroba e o xantano usados isoladamente, não têm a capacidade de gelificar, apenas de espessar, mas utilizados em conjunto, em determinadas concentrações, formam géis com características muito específicas - géis elásticos.

Na indústria alimentar, a Goma de Alfarroba tem sido amplamente utilizada, na confecção de comida pré-cozinhada, lacticínios, refrigerantes e sumos, pão, pastelaria, conservas de frutos, pudins e fibras alimentares.

A goma de alfarroba não é digerida nem absorvida pelo intestino humano, e também não é degradada pelas bactérias do tracto intestinal, comporta-se assim, do ponto de vista nutricional, como uma fibra alimentar. Isto significa que apresenta uma fraca digestibilidade e um valor energético baixo.

Possíveis utilizações: Para espessar líquidos, para formar "gelatinas" mais elásticas em conjunção com o Konjac e a Carragenina."

terça-feira, 13 de março de 2012

Crumble de maçã

Apesar do calor, apeteceu-me fazer, no fim de semana, uma receita de dias frios: o crumble de maçã que é um dos doces preferidos dos meus filhos (e uma maneira inteligente de os fazer comer fruta). Esta receita leva apenas maçãs, mas pode-se juntar também frutos vermelhos, ou, então, usar apenas pêssegos frescos (na sua época). Deixo a receita antiga, da qual o tempo já apagou as origens.

Ingredientes
Recheio
4 maçãs Golden
2 colheres de chá de canela
45ml de sumo de limão
40 gramas de açúcar branco
25 gramas de açúcar mascavado
15 gramas de farinha sem glúten
Crumble
85 gramas de manteiga sem sal amolecida
50 gramas de flocos de aveia sem glúten (opcional)
80-100 gramas de farinha sem glúten
15 gramas de açúcar branco
15 gramas de açúcar amarelo

Para fazer o recheio, descasque e fatie as maçãs para um pirex ou prato refractário, regue com o sumo de limão e misture. Junte os açúcares, farinha e canela. Misture bem.

Numa tigela, junte agora a manteiga amolecida, os flocos de aveia, a farinha e os açúcares. Aperte bem entre os dedos até obter uma espécie de massa areada, como se fosse areia grossa (comece com 80 gramas de farinha e vá acrescentado até obter a consistência desejada). Espalhe esta mistura sobre o recheio, até não se verem as maçãs.

Vai ao forno pré-aquecido a 190ºC durante 25 a 30 minutos, até obter uma coloração dourada e o sumo das maçãs começar a borbulhar.






































quarta-feira, 7 de março de 2012

Paris sem glúten


Imagem retirada da Net

Para os intolerantes ao glúten que visitem Paris, a cidade do amor tem um novo ponto de paragem obrigatório. Á semelhança da catalã Milola, a Helmut Newcake é uma pastelaria totalmente sem glúten no 10º bairro, perto da estação de metro Goncourt. A proprietária, Marie Tagliaferro, é celíaca e estudou para ser chef de pastelaria. Deixo aqui a reportagem feita pela France24.


“Bolos sem glúten trazem lágrimas de alegria a Paris
Marie Tagliaferro é uma das poucas (se não a única chef de pastelaria num país-França- que adora pastéis finos), a oferecer aos clientes essas delícias num país onde a intolerância ao glúten tem sido considerada um problema dos muito jovens.

Quando os clientes ligam para a sua pequena loja de Paris, eles perguntam sempre: "É realmente sem glúten?" conta o seu marido François, o proprietário-gerente da pastelaria. "E nós dizemos, sim, eu prometo, é isento de glúten... E eles ficam muito emocionados, começam a comer os bolos e temos algumas pessoas que choram porque não comiam uma Religieuse (um pastel de massa folhada) ou uma torta de limão com merengue há 15 anos ", acrescenta.

Pode não ser bem o espelho das lembranças de Madalenas de Marcel Proust, mas para as pessoas privadas de uma bomba de chocolate há anos, a loja dos Tagliaferro provou ser uma dádiva de Deus.

Bolos e doces foram sempre a vida de Marie. Mas, há alguns anos atrás, os médicos disseram que ela tinha uma intolerância severa ao glúten - uma proteína encontrada em cereais como o trigo, e que pode causar diarreia crônica e vómitos. Ela pensou então que nunca mais seria capaz de desfrutar das suas próprias criações de pastelaria. Mas agora abriu uma confeitaria dedicada a versões sem glúten dos melhores doces franceses.

"Fiz alguns testes... No início eu apenas usei as mesmas receitas exactas que aprendi na pastelaria tradicional, e depois adaptei-as de acordo com os resultados", explica ela. "Por exemplo, com a massa de choux você quer que o ar escape, mas eu não poderia usar a mesma abordagem na massa sem glúten, porque senão esta espalha-se. Por isso, quando não sabemos, nós experimentamos e vemos se funciona! " diz ela.

A intolerância ao glúten, conhecida como doença celíaca, afecta até uma pessoa em cada 100.

E, embora em muitos países esta seja apenas uma variação no padrão dietético, na França, onde os alimentos à base de glúten são quase um ícone nacional, a doença é ainda sub-diagnosticada e pouco conhecida. Para Brigitte Jolivet, presidente da Associação Francesa de Intolerantes ao Glúten, pouco se faz pelos franceses afectados por esta condição.

"Nos manuais de há 20 ou 30 anos atrás, os médicos foram ensinados que a doença celíaca é uma doença de crianças que desaparece na adolescência, por isso não é algo que os adultos possam ter", diz ela.

"Assim, para os médicos que foram treinados há 20 ou 30 anos atrás, para eles a discussão acabou. E é verdade que a baguete é um dos símbolos da França, cortar o pão não é fácil aqui, é difícil", acrescenta ela.

Mesmo para aqueles sem doença celíaca, uma dieta sem glúten é popular por razões de saúde – o que significa que qualquer pessoa pode apreciar estes doces, e se a Marie fez o seu trabalho correctamente, você nem vai perceber a diferença.

Até agora, a reacção tem sido muito mais entusiasmante do que a esperada. Se as coisas correrem bem, Marie e o seu marido planeiam para breve começar a “atacar” o próximo símbolo da cozinha francesa – baguetes caseiras sem glúten.”

Outras opções sem glúten em Paris:
Noglu
Biosphere Café
Thank You My Deer
Eric Kayser
La Maison du Sans Gluten
Boco

terça-feira, 6 de março de 2012

Bolo mármore

Mais um clássico da pastelaria caseira. Este fim de semana tinha que fazer um bolo para o filho mais velho ter no colégio para os aniversários dos colegas de turma e lembrei-me desta velha receita, sempre um sucesso junto do público infantil que se maravilha com a técnica bi-cromática. Usei, então, uma receita antiga e converti às exigências da dieta sem glúten.

Ingredientes:
4 ovos L
170 gramas de farinha sem glúten
¼ colher de chá de goma xantana
1 colher de chá de fermento
125 gramas de manteiga amolecida
150 gramas de açúcar
120 ml leite
1 colher de chá de essência de baunilha
125 gramas de chocolate preto de culinária

Separe as gemas das claras e bata-as em castelo. Reserve.

Misture bem a farinha com a goma e o fermento. Reserve.

Bata o açúcar e a manteiga na cuba da sua batedeira até obter um creme esbranquiçado. Junte as gemas, batendo sempre, e, por fim, acrescente o leite em fio.

Junte a farinha previamente preparada. Envolva, depois, as claras em castelo com cuidado. Separe a massa em duas partes iguais e junte a uma delas a essência de baunilha.

No micro-ondas, derreta o chocolate em intervalos de 30 segundos, mexendo bem para que não restem grumos. Acrescente-o depois à massa sem a essência de baunilha.

Coloque colheradas de cada massa alternadamente numa forma de silicone (ou outra, desde que untada) até acabar. Com a ponta de uma faca, faça alguns ziguezagues na massa, sem exagerar.

Vai ao forno pré-aquecido a 160ºC durante 45 minutos ou até o palito sair seco. Retire para uma rede de arrefecimento e deixe arrefecer completamente antes de fatiar.

























































segunda-feira, 5 de março de 2012

Promoções no Celeiro

Uma promoção para começar bem o mês de Março. As lojas Celeiro tem alguns produtos seleccionados com desconto, inclusive produtos sem glúten. Estive lá este fim de semana e aproveitei para comprar algumas bolachas da Schar e Glutano, mas existem outras opções, como podem consultar neste folheto. Para os sócios da APC, acresce ainda o desconto protocolado entre esta e o Celeiro. Esta promoção irá estar em vigor até ao proximo dia 8 de Abril.


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