INFORMAÇÃO É PODER

DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O Continente está de parabéns

Chegou-nos ontem a casa a mais recente edição da revista da APC. Esta trazia uma grande novidade, pelo menos, para mim: o Continente lançou recentemente uma nova gama de produtos sem glúten que, segundo a APC, estará disponível na maioria das suas lojas até ao final do ano. Aos produtos que já comercializam, juntam-se novos produtos que poderão e muito facilitar o dia-a-dia dos intolerantes ao glúten. Ainda não pude comprovar a qualidade das suas misturas, mas se a mistura para pão for igual à da Schar, compensa comprar esta pois é aproximadamente dois euros mais barata. A sua composição promete: amido de milho, farinha de trigo sarraceno, dextrose, espessantes (goma guar e goma de alfarroba).

Para além das bolachas de milho e arroz já existentes (agora também em versão mini), serão comercializados na Área Viva:

Mistura para Pão € 3,99 (1 Kg.)
Mistura para Bolos € 4,99 (1 Kg.)
Mini Baguetes Pré-Cozinhadas Área Viva € 2,29 (150 gr.)
Pão de Milho para Sandes Área Viva € 3,39 (350 gr.)
Bolachas Areadas (falta informação do preço)
Bolachas de Chocolate € 2,69 (150gr.)
Mini Queques de Chocolate (falta informação do preço)


 
 
Update: já experimentei a farinha para pão mas até agora não consegui fazer um pão satisfatório, mesmo quando misturada com o Mix B da Schar. No entanto, as mini-baguettes são muito agradáveis e óptimas quando não se tem tempo para fazer pão.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O que estou a ler

Gluten Free & Vegan Bread, por Jennifer Katzinger




















Gluten Free on a Shoestring Quick & Easy, por Nicole Hunn do blog Gluten Free on a Shoestring





















O primeiro livro traz várias receitas de pão, mas não é o indicado para principiantes ou para quem procura apenas uma boa receita de pão de forma. A maior parte das receitas usa ingredientes que não são imediatamente acessíveis, mas é uma boa opção para quem procura variedade.

O segundo livro beneficia da fama do blog que lhe deu origem e não decepciona. Nele a Nicole Hunn "ataca" os clássicos populares da gastronomia americana, tais como cinnamon buns, brownies, bolachas de pepitas de chocolate, burritos, donuts... o difícil é saber por onde começar com as experiências.

domingo, 25 de novembro de 2012

Queques de cenoura

Ás vezes, as receitas mais simples produzem os melhores resultados. Depois de ver os meus miúdos a devorarem estes queques de cenoura, percebi porque são um clássico. Ficaram tão bem que já tenho uma encomenda de mais uma fornada para os lanches da escola. Usei a farinha de côco para completar o sabor da cenoura; como esta farinha funciona como um espessante, não usei goma xantana- caso opte por colocar apenas a farinha Doves Farm, que não traz nenhum aditivo, coloque um quarto de colher de goma xantana.
 
Ingredientes:
110 gramas de farinha Doves Farm Plain White Flour
40 gramas de farinha de côco
1 colher de sopa de fermento em pó
1 colher de chá de canela em pó
150 gramas de açúcar
2 ovos L
4 colheres de sopa de azeite
2 cenouras grandes raladas
 
Numa tigela, misture as farinhas com o fermento e a canela. Reserve.
 
Rale as cenouras com um ralador e, depois, triture um pouco com a ajuda da varinha mágica até obter uma espécie de puré com pedaços. Reserve.
 
Na cuba da batedeira bata os ovos com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Acrescente o azeite, bata bem, e junte então a farinha reservada. Por fim, acrescente as cenouras raladas e envolva bem. Leve ao frigorífico durante 30 minutos.
 
Passado esse tempo, coloque a massa em formas untadas e vai ao forno a 160ºC durante 30 minutos. Retire e deixe arrefecer numa rede.
 
Rende 10 a 11 unidades.

 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Novidades para Lisboa

Estes últimos dias trouxeram duas novidades particularmente interessantes para os intolerantes ao glúten da região de Lisboa:

- No post mais recente do blog Sem Espiga, ficamos a saber que as lojas Starbucks disponibilizam um brownie sem glúten. No site português da marca não há referências a produtos sem glúten, mas uma pesquisa no site britânico, identifica dois bolos sem glúten, um brownie e um bolo de avelã. Atenção às bebidas pois nem todos os cafés e chás são aptos a uma dieta sem glúten.

- Vários jornais noticiaram a abertura de uma loja Roscoking ontem, dia 22, na baixa lisboeta. Este franchising espanhol, que é uma cópia da famosa cadeia Dunkin Donuts, vende gelados e bolos sem glúten. A loja de Lisboa para já ainda só dispõe de gelados, mas informa que a muito breve prazo irá ter também os bolos sem glúten.

É bom de ver que, a pouco e pouco, a vida de quem faz uma dieta sem glúten se torna mais fácil.

Update: aproveitando uma recente visita a Lisboa, visitei estas duas lojas, a um pouco mais de um mês sobre este post. Confirmei o brownie sem glúten no Starbucks, contudo contém leite, ovo e soja, logo é apto apenas para uma dieta sem glúten. Na Roscoking aconteceu-me o mesmo que a outras pessoas: não havia nennhum produto sem glúten na loja. Questionei a empregada se tinham habitualmente e disse-me que sim; parece-me contudo que, a terem, será uma situação ocasional.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

A beleza da pele e o glúten

Imagem retirada da Net
Este artigo que encontrei aborda os efeitos que o glúten pode ter na beleza da pele. Apesar de não ser científico e saltar entre as várias condições que integram o espectro de problemas associados ao glúten, é uma leitura interessante.



“Sem glúten para uma pele melhor?
Os cereais integrais podem ter uma reputação saudável mas têm, com certeza, uma relação complexa para a sua pele.

O trigo é o Jekyll e Hyde do mundo dos cereais. Enquanto este grão omnipresente é nutritivo para a maioria de nós (está repleto de fibras e vitaminas do complexo B), é muito perigoso para o um por cento da população com a doença celíaca.
Quando se trata de pele, o glúten é conhecido por poder causar uma erupção cutânea irritante chamada dermatite herpetiforme nos celíacos (assim como dores de estômago graves e uma série de problemas intestinais) e intolerantes ao glúten, mas um novo livro intitulado "Wheat Belly (Barriga de Trigo)", sugere que os efeitos nocivos que o trigo tem sobre a pele podem ser mais amplos, estendendo-se para o resto de nós, consumidores de trigo.

Poderá este cereal integral, elogiado pelos seus benefícios à saúde, ser um sabotador secreto da pele?

Pedimos aos especialistas que opinassem sobre a ligação do trigo com a pele. O que descobrimos pode complicar a maneira como vê a sua sanduíche.

A dieta não tem tamanho único, e a comida que o faz saudável e radiante pode desencadear uma comichão ou um surto de manchas (para não mencionar uma tremenda dor de estômago) no seu amigo. O trigo pode não apresentar um problema para a maioria da população, mas para um número crescente de pessoas que podem ter uma alergia ou intolerância ao glúten, comer uma tigela de cereais ou uma fatia de pão integral pode afectar a sua aparência.

O trigo é um dos oito alimentos mais alergénicos de acordo com a Mayo Clinic, e as reações alérgicas são propensas a evidenciarem-se na nossa pele.

Mas certamente você saberia se tivesse uma alergia ao trigo? Em "Wheat Belly”, o médico cardiologista de Wisconsin, Dr. William Davis, sugere que, além da intolerância ao glúten, as alergias ao trigo são difíceis de identificar, mesmo com um exame de sangue.

"É expectável que mais de 80 por cento da população tenha problemas com algum componente do trigo, glúten e outros," estima Davis. " Não há exames de sangue para identificar muitos dos componentes do trigo que causam [reações alérgicas]." Na experiência de Davis, um teste de eliminação é a melhor maneira de indicar uma alergia ao trigo. "É difícil de quantificar, mas as pessoas têm melhor aparência [sem glúten]”. Por exemplo, eu tenho uma paciente que tem um rosto vermelho, com inchaços sob os olhos. Ela deixa de comer glúten e, numa a duas semanas, a vermelhidão diminuiu, o inchaço desapareceu e as olheiras melhoraram dramaticamente. Não há nenhum estudo sobre isso, mas eu já vi isso acontecer uma e outra vez ", diz Davis que, reconhecidamente, defende o extremo: eliminar todo o trigo das nossas dietas.

No entanto, há quem defenda o trigo como uma escolha amiga da pele, graças ao suporte de minerais como o zinco e o elevado nível de vitamina E, um antioxidante, encontrado particularmente no gérmen de trigo. A explicação mais razoável para esta oposição de ideias pode ser que tudo se resuma à sua relação pessoal com este cereal.

Para além de dermatite herpetiforme, acne, urticária, psoríase e dermatite atópica são comuns outras reacções alérgicas ao trigo. E, para alguns, a identificação de uma alergia ao glúten ou ao trigo pode ser o elo que faltava para melhorar a pele. Verifica-se que quando o corpo vê o trigo ou o glúten como um alérgeno, pode tornar-se inflamado e haver uma dificuldade na absorção de nutrientes, os quais podem levar a problemas de pele.

"Foi um pesadelo para descobrir o que estava a agravar o estado da minha pele", diz Amie Valpone, Nutricionista Culinária para a Healthy Apple, que foi diagnosticada com uma intolerância ao glúten. "Eu tomava Accutane (Roaccutan). Tive acne cística, grande e vermelha. A minha pele era horrível. Cerca de um mês depois de eu cortar o glúten a minha pele ficou completamente bem. Agora as pessoas dizem-me que eu pareço muito mais jovem do que parecia. "

Mas além das experiências pessoais, ainda falta a evidência científica. "A ligação entre glúten com acne e eczema não é tão clara", diz Valori Treloar, médico dermatologista em Newton, Massachusetts. Outra possibilidade é que o trigo pode agravar condições auto-imunes existentes, mas não ser o verdadeiro culpado em problemas de pele. "Não se pretende dizer que todas as erupções cutâneas e problemas de pele são causados pelo trigo. Muitos não são. Mas um número incrível é ", diz Davis. "É importante para o consumidor estar ciente de que associação entre o trigo e / ou glúten e as condições da pele é muito comum."

Além disso, mesmo que tenha a pele impecável e não sofra de intolerância ao trigo, você pode querer olhar de perto o tipo de produtos com trigo que consome por causa da sua pele. "O trigo, com o seu índice glicêmico invulgarmente elevado, dispara o açúcar no sangue mais do que quase todos os outros alimentos, desencadeando um pico de insulina maior do que quase todos os outros alimentos", diz Davis. No entanto, pão de trigo 100 por cento integral tem um índice glicêmico muito mais baixo do que os pães mais processados ​​e desencadeia uma resposta mais moderada de açúcar no sangue.

A insulina elevada está ligada ao aumento da produção sebácea, que pode obstruir os poros e levar a crises de acne. Mais, "o trigo pode exercer efeitos de envelhecimento cutâneo, como rugas e elasticidade perdida, através da formação de produtos finais da glicação avançada [AGEs]." Um acúmulo de AGEs no organismo leva a sinais visíveis de envelhecimento.

Ainda assim, há muitas variáveis ​​a considerar antes de culpar o trigo pelas suas linhas finas. "A carga glicêmica do trigo é afectada pela sua forma, preparação e os alimentos que o acompanham quando ingerido", explica Treloar. "Se você comer pão branco com mais nada, a resposta do açúcar no sangue e insulina será rápida e elevada. Durante esse tempo, o açúcar pode ligar-se a determinados aminoácidos no colagénio [a proteína estrutural na pele] e causar distorção na estrutura e função do colagénio. Torna-se uma AGE. "Mas o trigo é apenas um dos alimentos que aumentam os níveis de insulina e que leva à formação de AGE. Os hidratos de carbono do açúcar refinado fazem o mesmo, e, ironicamente, muitos produtos sem glúten feitos com milho, arroz e batata não oferecem uma estabilidade muito maior do açúcar no sangue.

Então isso deixa-nos e à nossa próxima sanduíche onde?

Aqueles que lutam contra acne inexplicável ou erupções cutâneas podem querer explorar uma possível ligação com o trigo. Mas o resto de nós vai ter que decidir, de refeição para refeição e garfada a garfada, se o trigo é amigo da nossa pele ou inimigo."

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Broas de batata-doce

No seguimento de receitas com produtos da época, hoje trago umas broas de batata-doce, um tubérculo muito "outonal". Para além da facilidade na confecção, é uma receita sem lacticínios e que resulta numas broas muito macias e que se mantêm frescas durante alguns dias.

Ingredientes:
250 gramas de batata doce
200 gramas de farinha sem glúten (usei Doves Farm Plain White Flour)
½ colher de sobremesa de fermento activo seco
½ colher sobremesa de fermento em pó
1 colher de sopa de psílio em pó
Raspa de 1/2 limão
Canela em pó q.b.
125 gramas de açúcar
2 ovos
35 gramas de azeite
Para pincelar:
1 gema de ovo
Água

Descasque a batata-doce e coza em água com uma pitada de sal, e reduza a puré. Reserve.

Numa tijela misture a farinha, com o fermento seco e o fermento em pó, assim como o psílio, a canela e a raspa do limão. Misture bem até obter uma cor homogénea. Reserve.

Na cuba da sua batedeira, misture a batata com o açúcar, a farinha e os ovos inteiros e amasse bem. Entretanto junte o azeite e envolva bem na massa, até obter uma bola lisa e que cola pouco às mãos. Cubra com um pano húmido e deixe a massa a levedar entre 30 a 60 minutos.

Após esse tempo, modele as broas com a massa e coloque-as num tabuleiro com papel vegetal. Pincele as broas e leve ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 20 minutos, até ficarem douradas. Retire e deixe arrefecer numa rede. Rende 16 unidades.








































sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Uma outra receita de bolos de arroz

Aqui, já tinha divulgado uma receita de bolos de arroz que foi bastante apreciada. No entanto, quando vi esta receita de madalenas, pareceu-me uma nova oportunidade de afinar uma versão sem glúten dos famosos bolos de arroz. Os comentários de quem provou foram muito positivos, no sentido de não haver nenhuma diferença (com a excepção das benditas tiras de papel) para a versão das pastelarias.

Ingredientes:
100 gramas de farinha Doves Farm Plain White Flour
75 gramas de farinha de arroz
¼ de colher de chá de goma xantana
125 gramas de açúcar
125ml de óleo
50ml de natas
1 pacote de gasificante Mercadona (pode-se substituir por 8 gramas de fermento em pó)
2 ovos L
Raspa de 1/2 limão

Misture as farinhas com a goma xantana e o gasificante (ou o fermento em pó, na sua falta). Reserve.

Bata os ovos com o açúcar até espumar. Adicione os restantes ingredientes e bata bem. Acrescente depois a farinha reservada, e misture cuidadosamente até obter uma massa homogénea. Coloque a massa no frigorífico entre 30 a 60 minutos. Este passo é essencial para que a massa suba bem e dê ao bolo de arroz o seu formato particular.

No final desse período, ligue o forno a 220ºC, com calor em cima e em baixo. Forre as formas do bolo de arroz com as tiras de papel ou unte-as com manteiga ou margarina (caso não tenha estas formas, use formas para queques). Encha as formas ligeiramente acima da metade, decore com um pouco de açúcar, e coloque no forno. Retire o calor de cima e baixe a temperatura para 180/200ºC, e deixe cozer durante cerca de 15-20 minutos, até os bolos dourarem.

Retire das formas e deixe arrefecer numa rede. Rende 9 unidades.












































terça-feira, 6 de novembro de 2012

Donuts de abóbora

Aproveitando uma receita do site Art of Gluten Free Baking e a grande oferta de abóboras típica desta estação, fiz donuts com massa tipo bolo (cake donuts, em Inglês). Esta versão resulta numa consistência mais espessa do que a receita tradicional de donuts com fermento, mas é bastante agradável e mais rápida. Pode também ser feita no forno em vez de se fritar a massa, mas os resultados podem variar.

Ingredientes:
280 gramas de farinha sem glúten (85g farinha de arroz integral + 100g farinha de arroz + 60g polvilho + 85g farinha de arroz glutinoso + 1 colher de chá de goma xantana)
1 colher de chá de sal
2 colheres de chá de fermento em pó
1/4 colher de chá de bicarbonato de sódio
1/2 colher de chá de noz moscada
1/4 colher de chá de canela
1/8 colher de chá de gengibre moído
1 ovo batido (XL)
100 gramas de açúcar
1 colher de sopa de óleo vegetal
120 ml puré de abóbora (200g de abóbora num pirex, casca para cima, 3 minutos no micro-ondas; retirar depois a casca e triturar a polpa)
60 ml leitelho (buttermilk: 55ml leite + 5ml vinagre, esperar 15 minutos até coalhar)
Óleo para fritar
Opcional: canela e açúcar em pó para polvilhar

Misture a farinha, o sal, o fermento, o bicarbonato de sódio e as especiarias numa tigela. Reserve.

Na cuba da sua batedeira, bata os ovos e o açúcar até obter uma mistura cremosa, cerca de quatro minutos. Adicione o óleo, bata até misturar e acrescente depois o puré de abóbora, envolvendo bem.

Junte a mistura de farinha e o leitelho alternadamente, começando e terminando com a mistura de farinha. Cubra a tigela e coloque no frigorífico durante 30 minutos a 1 hora até que a massa solidifique mais um pouco.

Passado esse tempo, coloque uma frigideira com quatro dedos de altura de óleo a aquecer. Enquanto isso, divida a massa em três partes. Coloque um pedaço entre duas folhas de papel vegetal. Cubra e coloque a massa restante de novo no frigorífico.

Com o seu rolo, estique a massa até ter uma espessura de um a um centímetro e meio de espessura. Se tiver um cortador de donuts, use-o; senão, utilize uma malga média e a tampa de uma garrafa para formar as rodelas.

Quando o óleo atingir os 170ºC, comece a fritar os donuts (assim como as bolinhas resultantes do seu espaço do meio). Espace-os com cuidado e tenha atenção à temperatura do óleo: se for maior da indicada, os donuts podem queimar. O óleo em redor dos donuts deve começar a espumar de imediato e dentro de pouco tempo, estes sobem para a superfície.

Assim que tal acontece, vá rodando-os a cada 30 segundos durante três minutos para assegurar uma cozedura uniforme, até ficarem dourados. Retire e escorra num prato coberto com toalhas de papel. Os donuts não terão absorvido muito óleo. Pode terminar passando-os numa mistura de açúcar em pó e canela.








































quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vertigens e o glúten

Imagem retirada da Net
aqui se falou sobre os efeitos do glúten no cérebro. O artigo que divulgo hoje aborda a questão das tonturas crónicas, a chamada doença de Ménière, e uma possível ligação ao glúten. Conheço alguns casos desta doença, o que me levou a pesquisar sobre uma eventual ligação com o glúten. Este artigo parece-me bastante elucidativo, demonstrando que há casos em que se pode estabelecer uma conexão mas que a medicina ainda precisa de aprofundar este assunto.
 
 
“Poderá o glúten causar vertigens em alguém com doença celíaca ou sensibilidade ao glúten?
 
As vertigens significam tonturas que resultam de uma disfunção no sistema de equilíbrio do seu ouvido interno. Quando você tem vertigens, pode-lhe parecer que a sala está a girar, ou pode sentir-se como se estivesse mesmo a girar ou em movimento quando na verdade você está sentado ou parado em pé.
 
A tontura pode começar por causa de um estímulo externo que leva a um desequilíbrio no seu ouvido interno (por exemplo, quando sente enjoo ou consome álcool a mais), ou pode resultar de uma real disfunção do seu ouvido interno, como acontece na doença de Ménière. As pessoas com doença de Ménière sofrem surtos de vertigens crónicas, e os médicos não sabem ainda qual a causa desta doença.
 
Então, poderá o glúten causar vertigens?
Talvez, mas está longe de ser provado. Há muitos relatos de pessoas com surtos de vertigens que melhoraram ou desapareceram completamente quando começaram uma dieta isenta de glúten. No entanto, não há realmente muito escrito na literatura médica sobre vertigem e glúten.
 
Um relatório de caso, publicado em 2002, descreveu uma menina de 11 anos que foi internada no hospital com vertigens, náuseas e falta de apetite. Os testes para a doença celíaca foram realizados e a doença diagnosticada, logo ela iniciou a dieta sem glúten. De imediato, as vertigens desapareceram. Voltavam quando ela saía da dieta e desapareciam novamente quando a dieta ficava mais rigorosa, o que indica que as vertigens resultavam da sua ingestão de glúten.
 
Um segundo estudo, este publicado em 2012, olhou para a sensibilidade ao glúten em pacientes com diagnóstico de doença de Ménière, usando um teste cutâneo. Um total de 58 pacientes com doença de Ménière foram testados para a sensibilidade ao glúten por meio de punção da pele.
 
O estudo, através do teste cutâneo, descobriu que 33 dos 56 pacientes com doença de Ménière testados eram sensíveis ao glúten. A maioria deles mostrou reacções entre seis e 12 horas após o teste. No entanto, o estudo não colocou os pacientes numa dieta isenta de glúten, logo não ficou claro que, qualquer uma dessas pessoas que testaram positivo, veria uma melhoria nas suas vertigens se começasse a comer sem glúten.
 
Os autores observaram que este foi o primeiro estudo a olhar para a doença de Ménière e o glúten, e que novos estudos são necessários para determinar a relação entre a resposta do sistema imunológico ao glúten e a doença de Ménière.
 
Assim, a investigação muito preliminar indica que pode haver uma ligação entre vertigem e glúten em pessoas com doença celíaca e sensibilidade ao glúten. No entanto, é necessária muito mais pesquisa para se averiguar se a dieta sem glúten pode ajudar alguns pacientes com vertigem crónica.”
 
Um outro artigo:
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