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sábado, 28 de fevereiro de 2015

Etiquetas sem glúten

A Kids & Babies Design é um estúdio de design gráfico que cria elementos únicos e personalizados para a decoração de festas e eventos sociais. Para quem faz uma dieta sem glúten, esta empresa criou etiquetas para identificar a isenção de alergéneos na comida para festas, que podem ser particularmente úteis quando se servem produtos com e sem glúten. Além disso, podem ser personalizáveis. Fica a dica.








































quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Qual o verdadeiro papel do glúten?

Imagem retirada da Net
O mundo das condições associadas ao glúten não pára de girar... Se, numa semana, um artigo diz que o glúten não é o vilão que se pinta, noutra, um estudo diz que sim, que os danos do glúten vão para além da doença celíaca. O primeiro artigo de hoje, uma peça jornalística da revista GFF, sumariza os últimos desenvolvimentos na área que estuda os efeitos do glúten, fugindo, contudo, à corrente mais radical. O segundo, é um estudo italiano muito recente, publicado ahead of print na revista Clinical gastroenterology and hepatology, que vem reforçar a primeira experiência do investigador australiano Peter Gibson e diminuir o impacto da segunda (ambas mencionadas no artigo da GFF), i.e. que vai no sentido de que a sensibilidade ao glúten não celíaca é real.

Ficam aqui alguns pontos do artigo e do estudo:


O artigo começa por abordar a questão do trigo OGM, defendendo que não há trigo geneticamente modificado, em nenhuma parte do mundo. Da mesma maneira, o nível de glúten no trigo não sofreu alterações e tem permanecido estável entre os 12% e 16%. O consumo de trigo sofreu sim alterações mas no sentido da redução: no início do século XX, o consumo médio anual por pessoa rondava os 120 quilos; hoje é cerca de metade desse valor.

No entanto, o trigo que se come é diferente daquele consumido pelos Romanos, mas esta alteração deu-se durante séculos, não décadas- a hibridização não explica os números recentes de doença celíaca. O Dr. Alessio Fasano diz que estamos no meio de uma epidemia, não pela alteração no trigo, mas porque algo mudou e nos fez perder a tolerância ao glúten. Cada vez mais, a pesquisa aponta no sentido da alteração do microbioma, as bactérias que moram nos nossos intestinos. 

O Dr. Fasano, apesar do seu papel principal na divulgação das condições associadas ao glúten, tem bastante relutância em entrar pelo mesmo caminho dos autores dos best-sellers Wheat Belly e Grain Brain. Ele reconhece que o glúten é uma proteína difícil de digerir, mas não se pode daí inferir que ninguém consegue digeri-lo: “Como não evoluímos para lidar com esta proteína, o sistema imunitário emprega contra esta o mesmo tipo de armamento que usa para defender ataques de bactérias. Entramos em luta com bactérias todos os dias, mas raramente perdemos o embate e ganhamos uma infecção. Acontece o mesmo com o glúten- todos entramos nesta luta, mas só alguns perdem a batalha”.

Para aqueles que têm doença celíaca, o culpado está bem identificado, ainda que haja dúvidas porque isto acontece. No entanto, o júri ainda não decidiu se a sensibilidade ao glúten não celíaca existe enquanto reacção ao glúten, ou se há casos em que o culpado é outro. Nos últimos anos, tem vindo a lume a hipótese dos FODMAP serem a causa abrangente, que inclui o glúten assim como outros elementos: este é um grupo de açúcares que se encontra nas maçãs, melancias, cebolas, alhos, trigo, entre outros. São dificilmente digeridos e o seu processo de fermentação pode criar sintomas de flatulência, distensão abdominal, diarreia e fadiga. 

Da mesma maneira, descobrem-se outros componentes no trigo que podem ser prejudiciais: os inibidores de amílase e tripsina causam, em modelos animais, inflamação intestinal. Assim, o verdadeiro papel do glúten nas condições que lhe foram associadas ainda está por descobrir na totalidade.

O Dr. Stefano Guandilini, no entanto, deixa umas palavras de ânimo para quem foi diagnosticado com doença celíaca: uma cura estará próxima se os esforços feitos nos últimos anos em descobrir como restaurar a tolerância perdida interagindo com o sistema imunitário derem frutos.



De acordo com a análise por protocolo de dados dos 59 pacientes que completaram o estudo, a ingestão de glúten fez aumentar significativamente os sintomas gerais em comparação com o placebo (P = 0,034). Distensão abdominal (P = 0,040) e dor (P = 0,047), entre os sintomas intestinais, e mente confusa (P = 0,019), depressão (P = 0,020) e estomatite aftosa (P = 0,025), entre os sintomas extra-intestinais, foram significativamente mais graves quando os indivíduos ingeriram glúten ao invés do placebo.


Num ensaio clínico cruzado com indivíduos com suspeita de sensibilidade ao glúten não celíaca, a gravidade dos sintomas totais aumentaram significativamente durante a semana de consumo de pequenas quantidades de glúten, em comparação com o placebo.


domingo, 22 de fevereiro de 2015

O glúten nas notícias

Imagem retirada da Net
Estes últimos dias foram férteis em notícias em que o tema é o glúten. O primeiro artigo que encontrei foi publicado na revista Proteste da DECO e traz os resultados de uma pesquisa feita a padarias na zona de Lisboa que vendem pão sem glúten (o risco de o fazer já foi abordado neste post). 

Como se explica no artigo, "Entre setembro e dezembro de 2014, contactámos 80 padarias e pastelarias, na Grande Lisboa, à procura de pão para celíacos. Apenas quatro o comercializam. A Leitaria Caneças, no Cais do Sodré (Lisboa), a Pastelaria Garret, no Estoril, e o Jumbo de Alfragide venderam-nos efetivamente pão sem glúten, segundo as análises laboratoriais. Já o produto adquirido na pastelaria Espiga Sol, em Telheiras (Lisboa), revelou teores em glúten muito acima dos limites legais." 

O segundo artigo foi publicado hoje pelo jornal Público e é uma reportagem da revista The New Yorker de Novembro de 2014. Intitulado, em Português, como "Vamos declarar guerra ao glúten?", é um artigo actual que aborda todas as temáticas acerca da dieta sem glúten, a doença celíaca e a sensibilidade ao glúten não celíaca. Algo extenso, mas de leitura obrigatória.


terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Bolo de claras sem glúten

E o que se faz quando sobram claras? Muita coisa, mas neste caso optei por esta receita de bolo de claras. Fácil de fazer, saiu um bolo muito fofo, como se se derretesse na boca, e com um leve sabor a maçã. A repetir, da próxima vez que se acumularem claras na minha cozinha.

Ingredientes:
4 claras
80 gramas de margarina Vitaquell
175 gramas de açúcar mascavado claro
270 g de farinha Doves Farm white self-raising
150 ml de leite de amêndoa Provamel
1 colher de sopa de óleo de graínha
1 pitada de sal
1 maçã ralada

Bata as claras em castelo com a pitada de sal e reserve.

Bata a margarina com o açúcar até obter um creme macio e amarelado. Adicione a farinha, alternando com o leite. Junte depois a maçã e o óleo. Por fim, adicione as claras à restante massa com cuidado e sem bater.

Leve ao forno pré-aquecido a 160°C, numa forma com buraco untada com margarina e polvilhada com farinha, durante 40 a 45 minutos. Faça o teste do palito para confirmar que o bolo está cozido.

Deixe arrefecer um pouco antes de desenformar.












domingo, 8 de fevereiro de 2015

Torta de laranja sem glúten

Hoje, um clássico da doçaria portuguesa, a torta de laranja, o fruto da época que estamos a passar. Alem disso, devido à diminuta quantidade de farinha que leva, é facilmente adaptável a uma receita sem glúten. Num instante se prepara, num instante desaparece.

Ingredientes:
220 gramas de açúcar
5 ovos L
sumo e raspa de uma laranja grande
1 colher de sopa de vinho do Porto
1 colher de sopa de margarina/manteiga derretida
3 colheres de sopa de farinha Doves Farm white self-raising

Na batedeira, bata os ovos com o açúcar uns 10 a 15 minutos até obter um creme espesso. Acrescente o sumo, a raspa de laranja e o vinho do Porto e mexa com uma colher; junte depois a farinha. Por fim, envolva a margarina/manteiga com cuidado no creme.

Deite a massa num tabuleiro forrado com papel vegetal e untado e leve ao forno pré-aquecido a 180°C 18 a 20 minutos, até ficar dourado.

Desenforme sobre pano vegetal polvilhado com açúcar; retire o papel que está em cima e enrole.
























































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