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DADOS, DICAS E RECEITAS DE VIDAS SEM GLÚTEN



segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Udi's em Portugal

A última newsletter da APC traz uma grande novidade: a marca americana Udi's Gluten Free vai entrar no mercado português em Outubro. Para já, ainda sem os seus famosos bagels e cinnamon rolls, mas parece que poderão introduzir novos produtos no mercado até ao final do ano. Eis a notícia:

"UDI'S ENTRA NO MERCADO PORTUGUÊS

COM UM GRANDE LEQUE DE OFERTA, EM TODO O PAÍS

Apenas dois anos após o seu lançamento com grande sucesso no mercado do Reino Unido, a Udi's Gluten Free expande a sua oferta para a Europa Continental, e Portugal é o primeiro país a receber os seus produtos.

A partir do dia 1 de outubro de 2015, a marca vai lançar 19 das suas linhas de produtos em 43 hipermercados Continente espalhados por todo o país.

As novas linhas incluem os produtos mais vendidos no Reino Unido, como os Biscoitos de Manteiga de Amendoim e Coco, os Muffins de Mirtilo e de Chocolate Duplo, bolos, folhados, preparados para brownies e biscoitos, e a linha de cereais de granola da Udi’s.

O lançamento em Portugal também vai dar lugar à introdução de oito novas linhas de produtos, que serão lançadas no Reino Unido até ao final do corrente ano.

A Udi's vai lançar um novo website português onde irá apresentar a oferta de produtos, entre outras ações.

A Udi's Gluten Free está disponível nos Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Irlanda e agora Portugal."


terça-feira, 22 de setembro de 2015

Pão moreno

Quando vi esta receita do blog Cocina Fácil Sin Gluten, lembrei-me do frasco de farinha de alfarroba, lá na despensa, ainda por abrir e decidi experimentá-la. Além disso, qualquer receita que dispense os mixes de farinha comerciais merece ser testada. Pensei que as pequenas baguettes não seriam apreciadas pelos miúdos devido ao seu aspecto mais "exótico", mas já recebi pedidos de repetição. 

Ingredientes:
200 gramas de farinha maizena
100 gramas de fécula de batata
100 gramas de polvilho doce
50 gramas de farinha de trigo sarraceno 
25 gramas de farinha de alfarroba
25 gramas de farinha de arroz/arroz integral  
8 gramas de sal
10 gramas de goma xantana
10 gramas de psílio em pó 
5 gramas de fermento seco 
5 gramas de açúcar/açúcar de coco
8 gramas de vinagre de sidra
460-480 ml de água morna
3 colheres de sopa de azeite/ óleo de uva
Sementes de sésamo ou outras (opcional)

Na cuba da batedeira misture as farinhas com a goma xantana, o psílio e o fermento. Num copo, colocamos 460ml de água com o açúcar e vinagre. Ligue a batedeira e acrescente os líquidos; deixe misturar e acrescente depois o sal e, por fim, o azeite/óleo de uva (junte mais 20ml de água se a massa ficar muito espessa).

Tape a cuba com a massa e aqui tem duas opções: ou tem pressa e coloca a massa a levedar num local protegido do frio, como o interior do forno desligado (+/- duas horas) ou opta pela levedação a frio, que desenvolve o sabor e a textura, deixando a massa no frigorífico durante a noite.

Terminado esse período, ligue o forno a 200ºC e coloque um pequeno recipiente (apto para ir ao forno) com um dedo e meio de altura de água no fundo do mesmo (isto para que se crie vapor apenas no início da cozedura). Dê forma à massa, pincele as baguettes com água e salpique com as sementes da sua escolha, levando a cozer ao forno num tabuleiro com papel vegetal.

Durante os primeiros 15 minutos deixe cozer a 200ºC e baixe depois para 180ºC para cozer mais 25 a 30 minutos. Faça então um arrefecimento gradual e consuma quando estiverem frios.

Rende 12 unidades.

Observações:
- A receita original inclui lecitina de soja que excluí por não gostar deste ingrediente; como a sua função original é a de conservante, acrescentei o vinagre que serve o mesmo propósito.
- As sementes devem ser garantidamente isentas de glúten, sem contaminação cruzada. Neste caso, optei pelas sementes de sésamo da Diese que garantiu, em contacto com o serviço de apoio ao cliente, a sua isenção.















sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Queques de limão

Uma receitinha rápida e fácil de executar, mas que resulta nuns queques saborosos e húmidos, a fazerem lembrar as madalenas da pastelaria Celicatessen. Inspirados aqui.

Ingredientes:
150 gramas de açúcar
120 gramas de farinha Doves Farm white self-raising
30 gramas de farinha de amêndoas
2 gramas de psílio em pó
1 colher de chá de fermento em pó
Sumo e raspa de ½ limão
3 ovos
6 colheres de sopa de leite/leite vegetal
150 gramas de margarina derretida
2 a 3 gotas de essência de rum (opcional)


Na cuba da sua batedeira coloque as farinhas, o açúcar, o psílio, o fermento em pó e a raspa do limão e misture bem. Acrescente depois os ovos e bata até espumar ligeiramente.

Junte de seguida o leite, a margarina, o sumo do limão e o rum. Bata muito bem a massa e deixe-a descansar cerca de 30 minutos no frigorífico.

Enquanto a massa descansa, unte levemente as formas com azeite (usei formas de silicone). Decorrido o tempo de descanso, encha as formas até 2/3 e leve a cozer em forno pré-aquecido a 220ºC durante  20 a 30 minutos, até dourar e um palito inserido no meio sair seco. Desenforme e deixe arrefecer numa rede.


















segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Anemia ferropénica e o glúten

Houve recentemente algum falatório na blogosfera sobre a anemia e a sua alta prevalência na sociedade portuguesa. A anemia é também o sintoma clássico da doença celíaca na idade adulta; vai daí, lembrei-me desta minha falha, nunca ter publicado nada sobre este tema. Hoje faço essa correcção, traduzindo um artigo do site About.com.

Imagem retirada da Net
"A anemia é um sintoma muito comum da doença celíaca. Por que é que a anemia e a doença celíaca muitas vezes aparecem juntas? Em primeiro lugar, vamos rever algumas informações básicas sobre anemia.

Na anemia, a capacidade do sangue de transportar oxigénio aos tecidos é prejudicada por causa de uma falta de hemoglobina (a proteína molécula complexa nos glóbulos vermelhos que transporta o oxigénio). Os sintomas da anemia podem incluir falta de ar, fadiga, fraqueza, tonturas, sensação de frio habitual, pulso rápido, palpitações e dor de cabeça.

A anemia tem múltiplas causas. O tipo mais comum de anemia - quer a nível mundial, e na doença celíaca - é conhecida como anemia por deficiência de ferro. O ferro é um componente crítico da hemoglobina, por isso, quando uma pessoa está deficiente em ferro, o corpo não a pode produzir em quantidades suficientes.

As pessoas com doença celíaca também podem ter anemia crónica, que está relacionada com o dano no intestino resultante da ingestão de glúten.

Anemia por deficiência de ferro

Na população em geral, a anemia por deficiência de ferro é geralmente causada por perda de sangue. A perda de sangue pode ser óbvia (por exemplo, com trauma ou hemorragia menstrual) ou invisível (tal como com uma úlcera de sangramento ou pólipo hemorrágico no tracto gastrointestinal). A anemia por deficiência de ferro também é, ocasionalmente, devida a uma dieta pobre em ferro ou gravidez, pois é necessário ferro extra para satisfazer as necessidades do feto e porque o corpo da mãe contém muito mais sangue durante a gravidez.

No entanto, entre as pessoas com anemia por deficiência de ferro que não é explicada por qualquer um desses outros problemas, há uma alta prevalência de doença celíaca. Por exemplo, de acordo com a American Gastroenterological Association (AGA), entre as pessoas com deficiência de ferro e sem sintomas gastrointestinais típicos de doença celíaca, 2% a 5% terão testes sanguíneos positivos para doença celíaca e 3% a 9% terão biópsias positivas.

Em pacientes com anemia por deficiência de ferro que têm sintomas gastrointestinais, a prevalência de doença celíaca é ainda maior: 10% a 15%. Portanto, a AGA recomenda que qualquer adulto com anemia por deficiência de ferro inexplicável (incluindo mulheres menstruadas) seja testado para a doença celíaca.

Porque é que a anemia por deficiência de ferro é tão comum entre os celíacos? Quando a doença celíaca não é tratada com uma dieta isenta de glúten, o revestimento do intestino delgado é danificado, o que leva à má absorção de ferro e outros nutrientes. Quando a quantidade de ferro absorvido por via gastrointestinal é inadequada, o resultado é anemia por deficiência de ferro. (Outras condições que estão associadas com má absorção e anemia por deficiência de ferro incluem a doença de Crohn, o uso excessivo de anti-ácidos e a cirurgia de bypass gástrico.)

Anemia por doença crónica

Enquanto a anemia por deficiência de ferro é uma consequência bem conhecida da doença celíaca, investigadores da Universidade de Columbia relataram pela primeira vez em 2006 que os pacientes com doença celíaca recém-diagnosticada têm uma "prevalência inesperadamente alta de anemia, não unicamente devida à deficiência de ferro." Especificamente, cerca de 12% dos seus pacientes anémicos tinha uma forma conhecida como "anemia por doença crónica." Este tipo, por vezes referido como "anemia de inflamação crónica", é normalmente observada em pacientes com infecções de longa data e doenças inflamatórias ou malignas. Nestas condições, a resposta do sistema imunitário para combater a inflamação pode interferir com a produção de células vermelhas do sangue.

Assim, e como as pessoas com doença celíaca que ingerem glúten têm uma intensa resposta inflamatória nos seus intestinos, não é surpreendente que a anemia por doença crónica se possa desenvolver. Um estudo italiano posterior mostrou que os pacientes com doença celíaca não tratada podem ter ambas formas, ao mesmo tempo: a anemia por deficiência de ferro e anemia por doença crónica.

Os testes para Anemia

O ensaio que revela mais comumente a anemia é um hemograma, em que os componentes do sangue são contados e analisados. Especificamente, as medidas das células vermelhas do sangue, glóbulos brancos, a quantidade de hemoglobina no sangue, a proporção de sangue representado por células vermelhas do sangue (conhecido como o hematócrito), e o tamanho médio dos glóbulos vermelhos (volume corpuscular médio). Outras informações – através de um exame microscópico de forma, cor e tamanho de células vermelhas do sangue e estudos de ferro - podem ajudar a determinar a causa da anemia."

Outros artigos:

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Fora de casa

Hoje, fui eu a convidada no blog Calma Com o Andor em resposta a um desafio da sua simpática (e democrática) autora, que deu voz mesmo a quem não concorda exactamente com ela (também não divergimos assim muito). Obrigada NM!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Mais cervejas sem glúten

O homem lá de casa tem uma nova cerveja sem glúten favorita: Daura Marzen. Entre as que já provou, e que constam neste post, esta é, até ver, a eleita. Sendo recente, encontramo-la na nossa viagem à Galiza e vem fazer par com a cerveja Daura, já presente no mercado nacional (costumo vê-la no Continente). Leva malte de cevada, que assumo ser "desglutinizado" porque a cerveja tem menos de três ppm. Para já, creio que ainda não está disponível em Portugal. O seu aspecto:




















No entanto, há uma nova cerveja sem glúten em Portugal, à venda, pelo menos, no Jumbo e a 1,75€ no site Uvinum. É a holandesa Mongozo Premium Pilsener, biológica e com um teor de glúten inferior a 10 ppm. Fica a dica.





















PS: para os leitores brasileiros, existe uma loja online com uma grande variedade de cervejas sem glúten, incluindo algumas das aqui mencionadas: No Freaking Gluten Beer


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